Terminou por volta das 15h15 o depoimento do ex-prefeito de Cabedelo, Leto Viana, na audiência da Operação Xeque-mate que acontece desde às 8h30 no Fórum de Cabedelo. Ao terminar suas declarações, ele disse que seu propósito não era se defender: “Não estou aqui para me defender, mas para colaborar com a Justiça. Estou à disposição para o que precisarem de mim”.
Leto usa um colete à prova de balas e permanece na sala de audiência.Neste momento, depois de uma pausa, a próxima a depor foi a vereadora afastada Jaqueline França, esposa de Leto.
Ao chegar, ela disse que exerceria o direito legal de permanecer em silêncio. Apenas respondeu perguntas pessoais como nome completo, endereço, etc. O juiz Henrique Jácome afirmou que não faria perguntas, mas o promotor Manoel Cassimiro fez indagações mesmo assim. A todas as questões ela respondeu: “Uso meu direito de ficar calada”.
O vereador Tercio Dornelas Filho negou que tenha recebido propina de R$ 100 mil como consta na denúncia do Ministério Público. “ É mentira! Eu nem era do lado de Leto. Na última eleição, ele fez de tudo para me derrotar. Eu realizei duas sessões para discutir a implantação do Shopping de Intermares”.
Tercio acrescentou que depois da campanha, recebeu a visita de Goes e José Eudes para articular a eleição da mesa diretora da Câmara a fim de evitar a eleição de Jaqueline França. “O combinado era todo mundo votar contra Jaqueline, mas Junior Datele e Lucio quebraram o acordo”. Segundo ele, cartas renúncia de todos e promissórias assinadas seriam uma forma de garantir os votos apalavrados. “Mas quando Junior e Lucio disseram que não participariam, eu devolvi os documentos a cada um dos vereadores “
Tercio atribuiu as denúncias de Lucas Santino contra ele a uma rixa pessoal: “Ele não gosta de mim porque eu assinei uma CPI contra ele”.
O representante do MP quis saber se Tercio tem ou teve algum parente nomeado em Cabedelo: “Meu filho foi nomeado para o PROCON municipal, mas ele continua até hoje porque ele é qualificado”.