Brasília – O resultado dos exames feitos pelo presidente Jair Bolsonaro para Covid-19 foram divulgados nesta quarta-feira pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por ordem do ministro Ricardo Lewandowski. Segundo os documentos, Bolsonaro usou o codinome de Airton Guedes e Rafael Augusto Alves da Costa Ferraz. Nos três exames divulgados, o resultado foi negativo para a presença do novo coronavírus.
Os três exames feitos são do tipo RT-PCR, que é mais preciso e detecta se a pessoa tem o vírus naquele momento. Dois testes foram feitos por um laboratório particular. Embora usando pseudônimos, o RG e o CPF que aparecem são os mesmos informados por Bolsonaro à Justiça Eleitoral em 2018. Um dos exames foi feito em 12 de março, e o outro em 17 de março.
O terceiro exame foi feito em 18 de março pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), ligada ao Ministério da Saúde e localizada no Rio de Janeiro, a pedido do Laboratório Central (Lacen) do Distrito Federal. No documento, aparece apenas a informação “Paciente 5” no campo em que é informado o nome da pessoa. Segundo a AGU, trata-se de Bolsonaro.
A AGU também apresentou um documento assinado pelo general Rui Yutaka Matsuda, que é o comandante Logístico do Hospital das Forças Armadas. No ofício, de 7 de maio, enviado à Secretaria-Geral da Presidência da República, o general informou que, para a realização dos exames, foram usados no cadastro junto ao laboratório particular conveniado dois nomes fictícios, “sendo preservados todos os dados pessoais de registro civil junto aos órgãos oficiais (identida; CPF; material coletado para exame por equipe de saúde do Hospital das Forças Armadas), para fins de comprovação da sua veracidade”.
O Globo