A Justiça retoma na manhã desta sexta-feira (12) a audiência de instrução e julgamento dos processos em que o padre Egídio de Carvalho é suspeito de envolvimento em um esquema de desvio de recursos e fraudes na gestão do Hospital Padre Zé, na Capital.
O investigado pode ser ouvido ainda hoje. Ainda são investigadas as ex-diretoras do Hospital Padre Zé, Jannyne Dantas Miranda e Silva e Amanda Duarte da Silva Dantas (ex-tesoureira).
Os três estão presos, mas Padre Egídio e Amanda cumprem prisão em regime domiciliar. Eles devem participar de forma virtual.
A audiência de hoje deveria ter acontecido no dia 13 de junho, mas foi adiada após a justiça acatar alegação de uma das rés de que não teve acesso a toda a denúncia em relação ao caso.
O crime
Conforme os autos, os atos ilícitos teriam sido desvio de verbas destinadas a programas sociais essenciais como distribuição de refeições a moradores de rua, amparo a famílias refugiadas da Venezuela, apoio a pacientes em pós-alta hospitalar, realização de cursos profissionalizantes, preparação de alunos para o Exame Nacional de Ensino Médio, cuidados a pacientes com Aids, entre outros. Além disso, as operações ilícitas teriam afetado gravemente o Hospital Padre Zé, comprometendo o atendimento a populações carentes e necessitadas.
Operação – A primeira fase da operação ‘Indignus’ foi deflagrada em outubro do ano passado, com a participação do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado do Ministério Público do Estado da Paraíba (Gaeco/MPPB), da Polícia Civil, da Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social (Seds), da Secretaria de Estado da Fazenda da Paraíba (Sefaz) e da Controladoria-Geral do Estado da Paraíba (CGE).
Inicialmente, a Operação foi instaurada para investigar a suspeita de um esquema de desvio de verbas do Hospital Padre Zé e o desaparecimento de mais de 100 celulares que tinham sido doados à Instituição, para que o dinheiro da venda dos produtos se revertesse em benefícios ao hospital.