O casal preso pela Polícia Civil e suspeito de torturar uma criança de sete anos, na cidade de Boqueirão, interior da Paraíba, vai aguardar julgamento recolhido em dois presídios de Campina Grande.
A decisão foi tomada pela Justiça, durante audiência de custódia realizada na manhã desta terça-feira (23).
Maria Aparecida Souza Silva, mãe da criança, será transferida para o Presídio Feminino de Campina Grande. O companheiro dela, Edilson Cosme Albuquerque, padrasto da vítima, será conduzido à Penitênciaria Padrão de Campina Grande.
As informações foram repassadas pelo delegado da Policia Civil, Yasley Almeida, que conduziu as investigações.
A justiça acatou pedido feito pela Polícia para decretar a prisão preventiva dos dois suspeitos, após investigações apontarem que eles praticavam maus tratos e até torturas conta um menino de sete anos de idade .
“A criança apanhava com fios, tinha as mãos queimadas com gotas de velas e era acorrentado ao guarda-roupa, para não sair e nem se alimentar”, afirmou o delegado.
O caso gerou comoção social, principalmente porque a principal acusada dos crimes é mãe da criança.
Segundo a Polícia, Maria Aparecida Sousa Silva praticou os crimes com ajuda do seu companheiro Edilson Cosme Albuquerque. Os dois foram presos na manhã da última quinta-feira (18) pela Polícia Civil.
No dia da prisão, o delegado explicou que os maus tratos foram denunciados pela tia do garoto no dia 10 de julho deste ano. Após acionar a Polícia, a mulher foi até a casa onde estava a criança, junto com conselheiros tutelares para resgatar o menino.
“Eles encontraram o menino muito debilitado, desnutrido, com muitas lesões na cabeça, tórax e outras partes do corpo. Foi levado ao hospital e ainda permanece em tratamento “, declarou o delegado.
Ao tomar conhecimento do caso, a Polícia Civil instaurou inquérito policial e começou a ouvir pessoas próximas. “Ouvimos conselheiros tutelares, assistentes sociais da escola onde o menino estuda e ouvimos a criança, que nos relatou a rotina de sofrimento que vivia”, afirmou Almeida.
Para o delegado, o menino foi vítima de tentativa de homicídio triplamente qualificado. “Ao praticar as agressões, o casal pretendia causar a morte do menino, por motivo fútil, sem possibilidade de defesa e com uso de requintes de tortura”, declarou.
A mãe e o padrasto da criança negaram a prática do crime, mas as provas coletadas pela Polícia levaram a Justiça a decretar a prisão preventiva contra eles.
A criança contina sob cuidados médicos.