Carlos José e Edileuza de Oliveira, o casal acusado de cometer sete assassinatos em uma mesma madrugada e contra membros de uma mesma família, vão sentar amanhã no banco dos réus e irão a júri popular pelo caso que ficou conhecido como a Chacina do Rangel. O julgamento acontecerá no 1º Tribunal do Júri da Capital a partir das 9 horas e será presidido magistrado titular do 1º Tribunal do Júri, Marcos William de Oliveira. O advogado do casal acusado de assassinato é José Jerônimo de Barros Ribeiro, enquanto que o representante jurídico das vítimas é Ricardo Sérvulo.
Em conversa com o Parlamentopb, Sérvulo adiantou que há uma expectativa sobre a mudança na versão dos fatos contada por Carlos José dos Santos. Ele tenderia a dizer que apenas teria cometido um assassinato: o de Moisés Soares, o pai da família morta. Os demais crimes seriam atribuídos por ele à esposa, Edileuza. Mesmo assim, o advogado da família chacinada afirma que pedirá a pena máxima para ambos:
– A tese, se for mudada mesmo, será a que temos defendido desde o início, mas, não altera o rigor que deve ser aplicado a este caso. Os dois devem ser condenados a cerca de 60 anos, pela barbaridade que cometeram. Na legislação brasileira, a pena máxima vai a 30 anos, o que deve acontecer com o casal acusado – disse Sérvulo.
O advogado da família morta diz que o crime se enquadra na tipificação de triplamente qualificado: teve motivo fútil, utilização de meio cruel e impossibilitou qualquer defesa das vítimas.
Os mortos na Chacina do Rangel foram Moisés Soares Filho, 33 anos; a esposa dele, Divanise Lima dos Santos, 35 anos, que estava grávida de gêmeos. A casa das vítimas foi invadida na madrugada de 9 de julho. Além dos adultos, foram mortos Raissa dos Santos Soares, 2 anos; Rai dos Santos Soares, 4 anos; e Raquel dos Santos Soares, esquartejados
O crime ocorreu no bairro do Rangel, em João Pessoa, na madrugada de 9 de julho de 2009. Carlos José Soares de Lima e a esposa Edileuza de Oliveira dos Santos foram presos, acusados pelas mortes dos vizinhos, todos mortos a golpes de facão.