O superintendente do Sebrae e dirigente do PT da Paraíba, Júlio Rafael, não poupou críticas à postura que o deputado Rodrigo Soares vem adotando como presidente estadual do partido. Ele condenou a forma como o parlamentar também vem encaminhando as questões relacionadas à composição com outras legendas, principalmente com o PMDB. Júlio Rafael foi além e declarou que a Direção Estadual não tem autoridade política e moral para cobrar determinadas atitudes a seus filiados.
As declarações tiveram um alvo certo: a edição de uma resolução que solicitava a Walter Aguiar que recusasse o convite de Ricardo Coutinho para coordenar seu programa de governo.
“Isso tudo é bobagem. Essa direção estadual não tem nenhuma autoridade política nem moral de cobrar determinadas coisas de qualquer filiado. Mesmo porque ela foi eleita com mil votos de Campina Grande. E depois se reuniu em Campina e decidiu que os filiados do PT campinense não estão, necessariamente, obrigados a votar em candidatos petistas. Então, uma maioria que se forma nesses termos não tem autoridade para cobrar nada”, afirmou.
Júlio Rafael defendeu que o partido discuta o mérito, a base programática da candidatura que a legenda propõe e qual será a participação do PT nesta campanha. “Vamos ver se o PT consegue fazer com que as suas funções políticas consensuais, acordadas e majoritárias sejam respeitadas por todos. O que eu não posso ter é uma maioria que se encarregue no dia seguinte de rasgar aquilo que deliberou no dia anterior”, ressaltou.
O superintendente do Sebrae alertou de que alguns dirigentes e filiados do PT paraibano não teriam dado conta da importância que o partido tem na conjuntura nacional e estadual. "O partido tem um governo com a aprovação popular de 82%, é o que mais tem preferência do ponto de vista político-eleitoral, tem cinco minutos de televisão, possui experiência administrativa, tem quadros e alguns companheiros não têm ousadia e ainda acham que o PT não pode nada", lamentou.