Em uma entrevista concedida à rádio Arapuan FM no início da tarde de hoje, horas antes de sua diplomação, o deputado federal eleito Julian Lemos (PSL) defendeu a futura ministra da Família e Direitos Humanos, Damares Alves, que tem sido alvo de piadas por ter dito que, na infância, depois de ser abusada sexualmente, pensou em se matar e teria visto Jesus Cristo em um pé de goiaba.
“Vou dar um testemunho a vocês: ela é minha amiga pessoal, ajudei muito a ela estar onde está hoje. Minha mãe sempre foi uma pessoa dócil. Ela é uma pessoa tão boa que eu não tenho palavras para descrever. Mas, meu pai era um casca grossa. O apelido dele era Pantera e ele era dureza. Eu era um menino não muito ruim, mas impossível. E meu pai me batia muito. Sabe o que eu fazia? Corria para a casinha do cachorro para pedir ajuda a Jesus!”, disse ele.
Para Julian, a chacota feita com a experiência pessoal de Damares é reprovável: “Essas pessoas não têm o mínimo de sensibilidade para entender a dor de uma criança. Estão ridicularizando o que houve com ela e eu a defendo. Uma palestra dela muda quem assiste. Acho que a sociedade deve rever seus conceitos e seus pré-conceitos. Ela foi abusada por um velho imoral. É canalhice fazer graça com isso!”.
Chateadinho – Conhecido por seu estilo controverso, Julian comentou ainda a troca de farpas com o vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente. “O menino ficou chateadinho com a minha projeção ao lado do pai. Eu vou discutir o que com ele? Se tem alguém que não deve nada a ele, sou eu”.
Desprendido – Ao ser questionado se iria exercer a liderança do Governo na Câmara, o deputado federal paraibano disse que não aceitou a sondagem para a função. “A liderança do Governo na Câmara foi cogitada, sim, mas eu deixei para lá. Eu sei articular muito bem, mas se pisar no meu pé, eu faísco. O líder deve ser moderado porque na Câmara aquilo alí vai virar uma guerra”.