Após ter sido adiado na segunda-feira (8) passada, o julgamento de 26 dos 79 policiais militares acusados pelas mortes de 111 detentos na Casa de Detenção do Carandiru teve início hoje (15) às 10h10, no Fórum da Barra Funda, na zona oeste de São Paulo. Foram sorteados sete jurados, sendo seis homens e uma mulher. Durante os primeiros 40 minutos, eles lerão um histórico sobre a invasão policial, ocorrida em 1992, para deter a rebelião no presídio, que acabou resultando em um massacre.
Assim como na última semana, quando o júri foi suspenso porque uma das juradas passou mal, dois réus não irão comparecer. Nesse caso, eles são julgados à revelia, informou o Tribunal de Justiça de São Paulo. Devido ao grande número de réus envolvidos, o júri está sendo feito em etapas. Nesse primeiro bloco, estava previsto o julgamento de 28 policiais, mas dois deles – Valter Ribeiro da Silva e Luciano Wukschitz Bonani – morreram.
Nesta fase serão julgados os policiais que atuaram no segundo pavimento do Carandiru. Eles respondem por 15 acusações de homicídio qualificado. A previsão é que o júri dure até dez dias.
Serão julgados a partir de hoje: Ronaldo Ribeiro dos Santos, Aércio Dornelas Santos, Wlandekis Antonio Candido Silva, Roberto Alberto da Silva, Antonio Luiz Aparecido Marangoni, Joel Cantilio Dias, Pedro Paulo de Oliveira marques, Gervásio Pereira dos Santos Filho, Marcos Antonio de Medeiros, Paulo Estevão de Melo, Haroldo Wilson de Mello, Roberto Yoshio Yoshikado, Fernando Trindade, Salvador Sarnelli, Elder Tarabori, Antonio Mauro Scarpa, Marcelo José de Lira, Roberto do Carmo Filho, Zaqueu Teixeira, Osvaldo Papa, Sidnei Serafim dos Anjos, Eduardo Espósito, Maurício Marchese Rodrigues, Marcos Ricardo Poloniato, Argemiro Cândido e Reinaldo Henrique de Oliveira.