A Justiça do Paraná impediu, na tarde desta terça-feira (10), a visita do governador Ricardo Coutinho e outros governadores do Nordeste ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso na Superintendência da Polícia Federal (PF) em Curitiba. A Justiça negou o pedido dos governadores. O juiz Sérgio Moro já havia dito ontem (segunda, 9) que Lula não teria privilégios nas visitas.
O despacho da juíza substituta Carolina Lebbos da 12ª Vara Federal, que negou o pedido de visita dos governadores, confirmou a declaração de Moro, afirmando que não há fundamento para flexibilizar as regras de visitação da PF.
Sem poder ver o ex-presidente, que se entregou à PF na noite do último sábado (7) após ter sua prisão decretada, os nove governadores, acompanhados pelos senadores Lindbergh Farias (PT-RJ), Roberto Requião (MDB-PR) e Gleisi Hoffmann (PT-PR) que também preside o partido, assinaram uma carta de apoio que deve ser entregue a Lula. O presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, deputado Gervásio Maia (PSB), também integrou a comitiva de governadores na visita de solidariedade a Lula.
O governador Ricardo Coutinho destacou a importância da preservação do Estado de Direito, fundamental na democracia. “Estamos aqui para preservar o Estado de Direito como conquista da civilização e, ao mesmo tempo, demonstrar a solidariedade do povo brasileiro ao presidente Lula. Eu moro numa região que sabe da importância da passagem do Lula pelo governo do Brasil”, afirmou Ricardo.
Também em uma mensagem gravada em vídeo, o governador Ricardo Coutinho disse que Lula sofre um processo que até hoje não se consegue explicar. “Foi condenado com a própria Justiça dizendo que não tinha provas e, ao mesmo tempo, um país típico de corrupção, com muitos corruptos com conta no exterior, com tudo aquilo que caracteriza tudo isso, todo mundo livre. E o melhor presidente que esse país já teve preso, em função de processos profundamente duvidosos”, declara.
A petição negada pela juíza citava os governadores Renan Filho (Alagoas), Rui Costa (Bahia), Camilo Santana (Ceará), Flávio Dino (Maranhão), Paulo Câmara (Pernambuco), Ricardo Coutinho (Paraíba), Wellington Dias (Piauí), Robinson Faria (Rio Grande do Norte), Belivaldo Chagas (Sergipe), além de Fernando Pimentel (Minas Gerais) e Tião Viana (Acre).
“Estivemos aqui e sempre estaremos. Ao seu lado, firmes na luta”, diz as duas primeiras linhas da carta, que foi publicada pelo deputado José Guimarães (PT-CE) em sua conta no Twitter.
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