Cláudia Carvalho
O governador José Maranhão (PMDB) fez hoje à tarde, na Rede Paraíba Sat, uma avaliação dos 100 primeiros dias de sua terceira gestão. Indagado sobre qual seria a diferença entre o gestor de hoje e o que já governou o Estado duas outras vezes, o peemedebista declarou: "José Maranhão hoje é muito melhor que no passado. Sou mais eficiente e humilde e também tenho hoje uma sensibilidade maior para os desejos do povo", resumiu.
Ele também comentou a decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que sancionou ontem a lei que obriga a divulgação dos gastos de todos os poderes públicos e o fato de ter vetado, no início do mês, um projeto do deputado estadual Quinto de Santa Rita (PMDB) prevendo a disponibilização das despesas e receitas do Estado na internet. Maranhão declarou que o veto não era uma tentativa de barrar a publicidade dos atos do Governo: "Meu Governo é transparente. Não é por causa da lei que vamos ter absoluta transparência. Essa é uma meta do meu Governo. Naquele momento, não tínhamos como arcar com o custo para colocar esse sistema em prática. Mas, já temos o sistema e eu louvo a iniciativa do Presidente Lula", declarou.
Conta do Estado – Maranhão atacou seu antecessor, Cássio Cunha Lima (PSDB), acusando-o de ter realizado uma "maracutaia" ao contratar professores que recebiam através do CPF. Respondendo à pergunta de um internauta do Paraíba 1, ele garantiu que o pagamento desse pessoal não será feito porque a contratação era irregular. Outro ponto de crítica a Cássio foi a venda da conta do Governo ao Banco Real. O governador peemedebista disse que houve uma operação desvantajosa para o Estado ao negociar a folha por R$ 90 milhões (R$ 70 milhões do Banco Real e R$ 20 milhões do Banco do Brasil): "Estamos negociando a folha e já temos uma proposta de R$ 235 milhões da Caixa Econômica. É mais que o dobro do que foi oferecido antes. Exclui os bancos privados desse processo. Não negocio com eles. A Caixa e o Banco do Brasil têm mais condição de atender aos servidores, porque têm mais agências, além de não cobrarem taxas ao funcionalismo".
Empréstimo – Sobre o pedido de autorização para contrair empréstimo no valor de R$ 191 milhões, o governador explicou que os recursos se destinam a compensar as perdas do Fundo de Participação do Estado (FPE) e acrescentou que encaminhou o projeto à Assembleia atendendo a uma recomendação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva: "Foi essa a orientação que ele deu aos Governadores como forma de balancear as perdas do FPE. Tenho certeza que o projeto será aprovado na Assembleia, apesar de eu não fazer barganha. Tenho certeza que os deputados entendem que o dinheiro é um socorro à economia do Estado".