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Jornal Correio da Paraíba fecha e anuncia demissão coletiva; veja comunicado

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Com 66 anos de existência, o Jornal Correio da Paraíba vai encerrar as atividades neste sábado, 4 de abril. A informação deverá ser publicada na capa do impresso. O motivo do fechamento do Correio será alegado como uma decorrência da crise gerada pela pandemia de Coronavírus, mas, o fim do jornal já era especulado desde abril de 2016 quando o Jornal da Paraíba, da Rede Paraíba de Comunicação, deixou de circular. O Norte havia parado em fevereiro de 2012, junto com o Diário da Borborema que integrava o mesmo grupo: Associados Paraíba.

Na redação do Correio, o clima é de ansiedade. O superintendente Alexandre Jubert deve informar a decisão aos funcionários no fim da tarde. Um comunicado impresso foi distribuído aos colaboradores e confirma a demissão coletiva. Confira:

História – Fundado por Teotônio Neto, o jornal Correio da Paraíba iniciou suas atividades no dia 5 de agosto de 1953, mesmo dia em que a capital da Paraíba comemorava seu aniversário de 368 anos.

A ideia de produzir um novo jornal para os paraibanos nasceu à borda de uma piscina de um hotel situado a aproximadamente 18 quilômetros de Petrópolis, no Rio de Janeiro. Os parentes Teotônio Neto e Afonso Pereira cultivavam uma ótima relação e, partir de então, reforçariam ainda mais essa união para tentar produzir o melhor jornal que a Paraíba já teve.

“Tenho uma grande paixão pelo Correio da Paraíba, sou leitor também dos outros jornais, mas o Correio tem um lugar de destaque na minha mesa. Quando eu vejo o povo lendo o Correio, uma emoção muito grande me domina de satisfação e alegria. Fico feliz em saber que o Correio vem sendo sucesso na Paraíba”, declarou Teotônio Neto.

Uma das primeiras figuras procuradas por Teotônio Neto para elaborar o Correio da Paraíba foi o escritor Ascendino Leite. Ele hesitou no começo, mas depois abraçou a causa por causa da insistência de Teotônio. Para que o projeto pudesse sair do papel, Ascendino pediu ao jornalista paulista Samuel Wainer uma indicação de diagramador para desenvolver o projeto gráfico. Ao ligar para o colega, Wainer disse: “Só tem aqui o Nássara”.

A primeira manchete do jornal, que dizia “Luto e silêncio na cidade serrana” noticiou a morte do político e jornalista Félix Araújo, em Campina Grande. Conforme noticiou a reportagem, 50 mil pessoas participaram do velório do paraibano, que nasceu em Cabaceiras, mas ganhou notoriedade na Rainha da Borborema.

Nos dias seguintes, jornais da época comentaram o aparecimento do Correio da Paraíba: ‘O Norte’ e ‘A União’ dedicaram artigos sobre o novo periódico. No Rio de Janeiro, também recebeu homenagens do Diário Carioca. Em Pernambuco, também foi repercutido pelo Diário de Pernambuco.

Ao longo da história do jornal, o time da redação foi composto por profissionais notáveis, como Biu Ramos, Gonzaga Rodrigues, Soares Madruga, Dorgival Terceiro Neto (ex-governador e ex-prefeito de João Pessoa), Luiz Augusto Crispim, Luiz Ferreira, Carlos Roberto de Oliveira, João Manoel de Carvalho, Agnaldo Almeida, Dulcídio Moreira, entre outros.

Um dos repórteres que marcaram época na redação do Correio da Paraíba foi Severino Ramos (mais conhecido como Biu Ramos). Logo de cara, em 1954, o jornalista de 16 anos entrou na redação pela primeira vez em um dia bastante conturbado. Em 24 de agosto daquele ano, morria o presidente Getúlio Vargas e a redação, na Rua Barão do Triunfo, estava agitada como nunca. Aquele fato parecia ser apenas um prenúncio de como não seria nada monótona a carreira daquele jovem repórter.

Biu Ramos construiu boa parte de sua carreira na redação do Correio da Paraíba e, para ele, o jornal garantiu uma nova dinâmica à imprensa paraibana. “Para falar a verdade, e sem nenhum demérito para os demais jornais daquela época, o Correio da Paraíba, a rigor, não tinha concorrente. Era um jornal novo, com uma proposta nova, com uma mensagem de renovação, revolucionária mesmo, da imprensa paraibana”, lembrou.

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