O vereador Jorge Camilo (PT) foi à tribuna da Câmara Municipal hoje de manhã para reafirmar as denúncias feitas na Câmara dos Deputados pelo federal Luiz Couto (PT) contra ações do governador José Maranhão (PMDB). Ele citou a necessidade de investigação no caso do perdão parcial da dívida do Moinho Dias Branco e acrescentou que defende a provocação da Câmara ao Ministério Público do Trabalho (MPT) para apurar a procedência de um fato revelado mais cedo pela colega Raíssa Lacerda (DEM), que apontou a existência de um atraso de sete meses no pagamento de salários a professores da rede estadual.
Camilo aproveitou para criticar a censura feita ontem pelo vice-governador do Estado, Luciano Cartaxo (PT) à fala de Luiz Couto: "O deputado tem uma trajetória de compromisso com a Paraíba e não pode ser censurado. Ele está cumprindo seu papel de expor os problemas e cobrar soluções", disse.
Em aparte, o vereador Fernando Milanez (PMDB) repreendeu o colega: "Vossa Excelência cita o caso do Moinho, mas sabe que essa Casa aprovou um voto de solidariedade a Marcelo Weick. As denúncias já passaram por essa Casa e pela Assembleia Legislativa. Por que elas parararam? Parou por que? Não podemos deixar que a Câmara entre no jogo da calúnia. Essa denúncia contra Weick é cavilosa. O governador José Maranhão tem 48 anos de vida pública e não tem mácula. Ele é inatacável. Seu partido, o PT, vive um momento difícil. O senhor vai ter que se submeter à vontade da maioria ou ser dissidente. Vossa Excelência sabe que não existe isso de sete meses de salários atrasados. Falar isso é cuspir no prato que comeu e isso é horrível. Não entendo. Lastimo e estranho seu posicionamento", disse o vereador do PMDB.
Com pouco tempo restante para concluir seu discurso, Jorge permitiu um aparte de apoio de Sandra Marrocos e não entrou no mérito dos questionamentos de Milanez.