O secretário-geral do PSDB da Paraíba, João Fernandes, concedeu uma entrevista à Rede Paraíba Sat hoje à tarde e considerou que seu partido tem o direito de indicar o vice de Ricardo Coutinho (PSB). Segundo ele, esse entendimento é compartilhado por outras siglas do campo da oposição. Internamente, setores do PSDB cotaram o nome de João para indicar como sugestão para a chapa majoritária na condição de vice e ele não se fez de rogado. Garantiu que, caso se concretize a indicação, aceitará com satisfação:
– Estarei à disposição do partido para disputar qualquer cargo para o qual for chamado. Se eu for a solução de um problema, já que todos querem ser vice de Ricardo Coutinho, melhor para todos nós e, particularmente, para mim.
Fernandes, contudo, disse que esse assunto não foi discutido pela executiva nacional e acrescentou que seu partido tem o direito de escolher o vice de Ricardo:
– O PSDB se sente no direito, e acho que isso é reconhecimento pelos outros partidos aliados, de indicar um candidato para o Senado e também a vice. Uma parcela do partido colocou meu nome como uma alternativa, já que dirijo a partido há quase 15 anos, para construir uma unidade.
João lamentou o fato de aliados de Cícero Lucena terem anunciado apoio à reeleição de José Maranhão (PMDB) e considerou a atitude antipartidária:
– Vejo isso com profunda tristeza. Sou um homem de partido. Eu sendo uma posição minoritária, me submeto a uma posição majoritária. É pouco provável que eu me faça dissidente.
Apoio a Serra – Na entrevista, o secretário-geral do PSDB ainda tratou do fato de Ricardo Coutinho, apesar de receber o apoio formal do PSDB no Estado, não retribuir formalizando uma composição em prol do presidenciável tucano José Serra. Para João, o caso não está bem resolvido:
– Eu sou forçado a dizer que isto não está bem resolvido. Eu vi surpresa em Brasília quando disse que Ricardo iria votar em outro candidato. As lideranças expressivas do partido ficaram surpresas. É claro que não é um problema de "ou vai ou racha". O partido pode exigir isso. Roberto Amaral, vice-presidente do PSB, disse que aqui estava tudo certo e que o ex-prefeito iria apoiar Dilma Rousseff. Sérgio Guerra respondeu que isso não estava resolvido.