Notícias de João Pessoa, paraíba, Brasil

João explica que flexibilização só virá após 14 dias de queda nos casos de Covid-19

Facebook
Twitter
WhatsApp
Telegram

O governador da Paraíba, João Azevêdo (Cidadania) inaugurou de maneira simbólica o Hospital de Clínicas de Campina Grande na manhã de hoje e concedeu entrevista coletiva à imprensa sobre diversos temas. Entre eles, esteve a indagação sobre a retomada das atividades econômicas. Sobre isso, João respondeu que terão que ser obedecidos diversos requisitos.

“A doença trará um impacto na economia mundial. No Brasil, isso será acentuado e aqui na Paraíba, também. Nossa perda de receita até agora foi de R$ 210 milhões e isso impacta na economia do estado. O nível de investimento do Estado neste ano será muito diferente do que tivemos em 2019, quando conseguimos manter o sexto investimento do Brasil proporcionalmente à Receita Corrente Líquida. Com relação à retomada, estamos desde segunda-feira realizando reuniões com todos os segmentos produtivos do Estado para que possamos nos basear em parâmetros que precisam ser levados em consideração.

Para que haja a flexibilização, é preciso que o número de casos numa determinada cidade esteja em queda por 14 dias. É preciso que o número de leitos disponíveis numa determinada região seja suficiente para atender a um novo pico de contaminação. É preciso que a taxa de isolamento das pessoas atinja um patamar que ofereça garantia para que a taxa de transmissibilidade não seja elevada. É preciso ainda saber como cada setor é mais ou menos propício a contaminação… este modelo já está elaborado e está sendo discutido com a sociedade e esperamos que a partir do dia 15 possamos “rodar” esse modelo e estabelecer para cada município uma bandeira que pode ser verde (onde as atividades econômicas estarão liberadas), amarela (com algum tipo de restrição), vermelha (com mais restrição) e preta (onde João Pessoa está que tem restrição de deslocamento de pessoas e veículos). Vamos indicar essas medidas a cada prefeito e ele poderá implementar. Mas, em nenhuma bandeira poderemos deixar de lado os cuidados como o uso de máscaras, de álcool em gel… isso será o novo normal e o mundo sairá da pandemia diferente, sabendo que todos dependemos dos outros para sobreviver”.

Outros temas abordados

Isolamento mais rígido

“É fundamental e faz com que a taxa de contágio seja reduzida e o sistema de saúde possa atender com a qualidade que precisa. Durante todo esse tempo, nunca tivemos filas na UTIs. Vamos começar a fazer avaliação a partir de agora porque a quinta-feira foi o primeiro dia de proibição de deslocamentos desnecessários e esperamos que dentro desse período tenhamos um achatamento da curva de casos e menor taxa de transmissibilidade com redução do número de casos em alguns dias”.

UTIs

O Estado foi dividido em três macrorregiões: Litoral, Campina Grande e Alto Sertão. Em cada uma delas, estabelecemos um número de UTIs que deveriam estar abertas para poder atender bem à população. No caso de Campina Grande, vamos atingir 97 e espero que na próxima semana atinjamos o que está estabelecido em termos de UTIs. Quanto às enfermarias, praticamente já chegamos a 284 leitos. Isso é extraordinário porque teremos o que planejamos. Mesmo assim, estamos em contato com o Ministério da Saúde para buscar mais equipamentos. Respiradores, principalmente. Muita gente pensa que a UTI é só um respirador, mas tem bomba de infusão, monitores… um conjunto que precisa estar disponível. Providenciamos todos os outros equipamentos e os respiradores, têm mais dificuldades, mas vão chegando aos poucos, mas estamos conseguindo manter o nível de UTI compatível com a demanda.

Pessoal do Hospital de Clínicas e taxa de letalidade

Especificamente aqui neste hospital, são 271 profissionais, sendo 42 médicos, 20 enfermeiros, 50 técnicos de enfermagem, 10 fisioterapeutas, mas é preciso entender que o Estado já chamou quase 4 mil profissionais nos diversos editais que lançou. Mais de 250 médicos foram agregados à rede e isso está fazendo com que a Paraíba tenha uma das mais baixas taxas de letalidade do Brasil. O que mais precisamos é o conhecimento: saber como é a doença, como ela se espalha, saber onde ela está e qual é a taxa de transmissibilidade. Isso só é possível com pesquisa, com testes. A Paraíba hoje é um dos estados do Brasil que mais vai testar sua população. Vamos passar dos 10% dos testados. Além disso, já elaboramos um projeto e estamos definindo o universo da pesquisa e vamos usar os testes em casas que serão sorteadas para ter uma amostra real dessa contaminação, identificação de quem já teve e está assintomática. Além disso, já distribuimos mais de 130 mil testes e vamos fazer uma pesquisa por telefone e associada ao aplicativo Monitora Covid vamos ter um conjunto de informações que baseadas na ciência teremos as indicações dos melhores caminhos a tomar sobre uma doença que pouco se conhece.

Acesso ao Hospital de Clínicas

Será referenciado. As UPAS farão referência. A população deve procurar Unidades Básicas de saúde e UPAs.

O hospital – Os novos 113 leitos entregues fazem parte do Plano de Contingência da Paraíba e irão atender a população de 70 municípios integrantes da segunda macrorregião de Saúde do Estado.

A vice-governadora Lígia Feliciano acompanhou a visita técnica ao Hospital de Clínicas de Campina Grande, que tem uma área de edificação de 3.964,76 m² e os 113 leitos estão distribuídos em três blocos. A unidade hospitalar conta com postos de enfermagem; farmácias; 32 acomodações para descanso, sendo dez destinadas para médicos e 22 para o pessoal de apoio; sala de Tecnologia da Informação; duas salas de triagem; três salas administrativas; e banheiros.

O local ainda disponibiliza aparelhos de raio-X e ultrassom e terá a retaguarda do suporte de alta complexidade do Hospital de Trauma de Campina Grande. Após a pandemia, o hospital assumirá o perfil de cuidados clínicos, cirúrgicos e cuidados materno-infantil.

Na ocasião, o governador João Azevêdo destacou a importância do equipamento de saúde para a região de Campina Grande. “Esse prédio renasce hoje com um objetivo muito nobre, diante do momento de pandemia que estamos vivendo e pelo futuro uso que terá, sendo muito importante para a região, considerando que essa unidade terá uma outra função posteriormente, seja para cirurgias eletivas e implantação de uma maternidade. A cidade ganha uma estrutura merecida pela população e já esperamos fechar, na próxima semana, os leitos de UTI estabelecidos pelo Plano de Contingência na segunda macrorregião e, com a abertura do Hospital de Clínicas, praticamente finalizamos a abertura dos leitos de enfermaria, cumprindo uma meta para atender as pessoas”, ressaltou.

Tags

Leia tudo sobre o tema e siga

MAIS LIDAS

Arthur Urso leva “esposas” para passear sem roupa íntima na orla de João Pessoa

Professores da UFPB desistem de candidatura e apoiam Terezinha e Mônica

Anteriores

meicartaz

MEI: prazo para entrega da declaração anual termina em maio

defensoriacampina (1)

Justiça determina nomeação de assistentes sociais em concurso de Campina Grande

Cabedelo-Forte-de-Santa-Catarina-Imagem-Daniell-Mendes-16

Iphan é condenado em ação do MPF e deve aumentar segurança na Fortaleza de Santa Catarina

rest week (1)

Paraíba Restaurant Week chega à reta final em 45 restaurantes de João Pessoa

Luciene Gomes, 1

TCE dá prazo para Luciene Gomes justificar contrato de R$ 19 milhões para melhoria da iluminação pública

Animais adoção em jp

Governo promove neste sábado, em Mangabeira, feira de educação, cuidados e adoção animal

Festas

MP recomenda medidas para eventos festivos em cinco municípios paraibanos

padre egidio ex diretor hospital padre ze

Padre Egídio tem alta hospitalar e passa a cumprir prisão domiciliar

Câmara municipal de Patos

Vereadores de Patos aprovam reajuste de 70% no próprio salário, que começa a valer em 2025

Cigarros eletrônicos

Anvisa decide hoje se mantém proibida a venda de cigarros eletrônicos