Dizem que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar. A máxima meteorológica pode muito bem se aplicar à política.
Pensemos no caso do governador João Azevedo que conseguiu ser reeleito em outubro passado, mas suou muito a camisa para chegar no segundo turno à frente de Pedro Cunha Lima. João venceu a eleição, mas perdeu nos principais colégios eleitorais da Paraíba: João Pessoa, Campina Grande, Cabedelo, Bayeux e Santa Rita.
Saiu da eleição vitorioso, mas seu partido, o PSB só tinha cinco prefeitos.
Uma marca magra para um governador reeleito e com planos eleitorais futuros.
João sabe que o ineditismo de vencer uma eleição majoritária contando com o inusitado é um risco imenso e obviamente, é um sobressalto que ele nao quer mais. Sendo assim, a alternativa é encorpar o PSB. E isso foi feito na manhã desta segunda-feira com uma espécie de multiplicação dos prefeitos. De cinco passaram para 78.
Entre os prefeitos que ingressaram no PSB estão Jarques Lúcio, de São Bento; Anna Lorena (Monteiro) ; Eunice Pessoa (Mamanguape) que levou o vice Zenóbio Fernandes; Major Sidnei (Sapé) e Fábio Tyrone (Sousa).
Detalhe, Eunice e Zenóbio deixaram o Republicanos de Hugo Motta para cerrar fileiras no partido do governador.
Na solenidade de ontem, João Azevedo já foi lançado como pré-candidato ao Senado em 2026 e o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, aproveitou para lembrar que existe um acordo em torno da reeleição dele na capital. João não se fez de rogado e disse que a meta é manter a chapa, ou seja, Cicero com Leo Bezerra na vice. Dessa vez, a vaga de companheiro de chapa tem um significado bem mais atrativo porque se for reeleito em 24, Cícero provavelmente deixará a prefeitura dois anos depois e o vice ganha de presente a cadeira de prefeito.
Por tudo isso, a demonstração de força do PSB foi um evento presente, mas muito voltado para o futuro. Seja em 2024 ou 2026.