O deputado estadual Jeová Campos, líder do Partido dos Trabalhadores na Assembléia Legislativa, depois de um curto período de reclusão pós-eleições, reapareceu na casa de Epitácio Pessoa na manhã de hoje e culpou a dissidência do PT pela derrota do partido nas eleições de outubro.
– Na derrota do PT na aliança PT/PMDB, na qual o vice era Rodrigo Soares, fizeram uma campanha aberta contra o PT e o partido perdeu a eleição. E é preciso que o PT avalie essa dissidência .
O parlamentar fez uma análise crítica sobre a "democracia interna" em seu partido e previu que, sem o entendimento dos filiados, a situação da agremiação tende a piorar. Ele acrescenou que, mesmo sem mandato, continuará fazendo política na Paraíba.
– Eu perdi a eleição, estou sem poder político, sou apenas um militante, mas penso que na democracia interna como valor fundamental na história do PT. Se não for respeitada na Paraíba, “salve-se quem puder”. Quem ganhou a eleição teve dinheiro para gastar e eu não tive. Sou um cidadão da Paraíba que vou continuar fazendo política sem mandato.
Jeová defende que a executiva do PT faça uma avaliação partidária sobre o futuro governo de Ricardo Coutinho (PSB), para só depois se posicionar.
– A bancada eleita e a direção do partido terão que avaliar a evolução da conjuntura e se posicionar ao longo dela. Temos a responsabilidade de ser governo até o dia 31 de dezembro na aliança com o PMBD. O PT tem o vice até o final desse ano e depois assume Ricardo Coutinho do PSB que está dentro da aliança nacional, mas que trabalhou com algumas companhias que quiseram derrotar nosso projeto como é o caso de José Serra, Efraim e outros que gostariam de nos derrubar. A pergunta aí é se o governo vai parecer mais com quem quer nos derrubar ou se vai parecer mais com o governo da Dilma que é o nosso projeto de partido no plano nacional.