O deputado federal Hugo Motta (PMDB) negou hoje que tenha havido em Brasília uma negociação para retirar a pré-candidatura de Nadja Palitot (PT) ao Governo do Estado para beneficiar o candidato do PMDB, Veneziano Vital do Rêgo. A especulação surgiu esta semana em Brasília dando conta de que o "prêmio de consolação" teria sido oferecido pelo Palácio do Planalto ao senador Vital Filho (PMDB) para compensá-lo pela frustração de não conseguir ser emplacado em nenhum ministério do governo de Dilma Rousseff (PT).
"Não existiu essa oferta, não. Não se negociou ou tratou disso. Mas, acreditamos que o PT da Paraíba deve analisar logo o que é prioridade para ele. É uma candidatura ao Governo ou um palanque forte para a reeleição de Dilma Rousseff?", indagou o deputado, que ainda criticou a articulação política da presidente da República: "Por causa dos erros do PT na condução desse diálogo, o PMDB decidiu deixar a presidente à vontade e não reivindicar mais ministérios. Em abril, nós vamos fazer uma pré-convenção e decidir que rumo tomaremos nas eleições de outubro. A nota que o PMDB soltou foi muito branda em relação à euforia que tomou conta da reunião realizada esta semana", comentou o deputado em entrevista ao Tambaú Debate.
Ele rechaçou a tese de aproximação de seu partido com Cássio Cunha Lima e disse não haver dúvidas sobre a potencialidade de Veneziano Vital do Rêgo: "Sou claro e vejo uma dicotomia na política da Paraíba. Cássio foi o avalista deste governo e se ele considera que não deu certo, só agora ele pensa em romper e ser candidato? Nós somos oposição desde o início do governo e nosso candidato é Veneziano. Não vai mudar. Não vejo como haver aproximação com Cássio".