O hospital Sírio-Libanês afirmou em boletim médico divulgado na madrugada desta terça-feira que o resultado da ressonância magnética à qual se submeteu a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, se mostrou "dentro da normalidade".
A ministra chegou ao hospital em uma cadeira de rodas por volta das 3h desta terça-feira depois de sentir dores nas pernas durante a tarde de segunda, em Brasília.
Na capital federal, Dilma foi a um hospital onde tomou um medicamento analgésico intravenoso, mas, como as dores não passaram, seus médicos consideraram melhor que ela fosse transferida para São Paulo para realizar exames mais detalhados. Segundo análise inicial, as dores seriam uma reação ao tratamento de quimioterapia preventiva contra câncer.
A ministra tomou sedativos para dormir e deve continuar internada nesta terça-feira. O próximo boletim médico deve ser divulgado às 9h.
O presidente Lula, que está na China, foi informado do estado de saúde da ministra.
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Veja a íntegra da nota divulgada pelo hospital Sírio-Libanês:
"A Sra. ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, apresentou dores nos membros inferiores necessitando de medicação endovenosa. A paciente deu entrada no hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, às 3h do dia 19 de maio para realização de exames. A Sra. ministra submeteu-se a uma ressonância magnética que mostrou-se dentro da normalidade. Durante o dia de hoje continuará submetendo-se a novos exames.
Dr. Antônio Carlos Onofre de Lira, diretor técnico hospitalar
Dr. Riad Younis, diretor clínico"
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Tratamento
Em 25 de abril, Dilma anunciou a retirada de nódulo de 2,5 centímetros da axila esquerda. O tratamento, considerado preventivo, deverá durar quatro meses. Segundo os médicos, as chances de cura são superiores a 90%.
Ao longo do dia, a ministra teve uma rotina bastante atípica em Brasília. Chegou por volta das 9h30 na sede temporária da Presidência da República em Brasília, no Centro Cultural Banco do Brasil. Segundo assessores, ela se reuniu com o presidente em exercício, José Alencar, e com técnicos dos ministérios do Planejamento e Integração Nacional.
Por volta de 11h30, a ministra deixou o local de trabalho, sem dar entrevista. Só voltou pouco antes das 16h, para uma reunião com o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Menos de uma hora depois, a ministra deixou novamente a sede da Presidência, desta vez por uma portaria lateral e acompanhada da secretária-executiva, Erenice Guerra.
Na sexta-feira passada, em entrevista coletiva na base aérea de Brasília, ela disse estar se sentido muito bem. "Olha, eu, eu… eu não tenho outro jeito de falar o seguinte, hoje eu estou muito bem, vocês podem ver, eu estou me sentindo bem, não tenho enjoo, não tenho nenhum cansaço. Então, a minha químio saiu muito bem, obrigada", disse ela, na ocasião.
Folha Online