Embora seu aniversário coincida com o de São Paulo, o ex-ministro Fernando Haddad rejeitou a ideia de participação da festa oficial da prefeitura da capital nesta quarta-feira (25).
Petistas sugeriram que o ex-ministro da Educação acompanhasse a presidente Dilma Rousseff no coquetel oferecido pelo prefeito Gilberto Kassab (PSD). Mas Haddad alegou compromisso em família.
"Essa festa é para autoridades. Não é todo professor que é convidado", desconversou Haddad.
Haddad deixou ontem o Ministério da Educação para concorrer à Prefeitura de São Paulo. Segundo petistas, Haddad recomendou que o PT consulte os potenciais aliados para avaliar a conveniência de uma composição com o PSD.
A prioridade, avisou ele, será a reedição da aliança de governo Dilma. Além disso, Haddad ressaltou que preservará suas promessas de campanha feitas nas caravanas em São Paulo.
O presidente do PT de São Paulo, Antonio Donato, adiantou que a reunião da coordenação de campanha convocada para avaliação da aliança com o PSD não será conclusiva.
"A reunião será para a reflexão. O PT não tem pressa. O tempo do PT não é o tempo de Kassab", afirmou Donato.
Apesar disso, Haddad negou que a aproximação de Kassab seja fonte de constrangimento.
"Apoio nenhum causa insônia. O que causa insônia é falta de apoio", disse Haddad, após passar o cargo para Aloizio Mercadante.
Haddad comemorou seu aniversário na noite de terça-feira (24) com funcionários do ministério num restaurante de Brasília. Os 220 convidados pagaram R$ 85 pelo jantar e R$ 10 para a compra de presentes para o candidato: duas camisas e uma gravata.
Folha Online