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Lembro perfeitamente, no auge dos meus 12 anos, o país vivia um momento tenebroso na polÍtica. O movimento dos Caras Pintadas encabeçava uma série de atos populares de clamor por justiça e outras coisas, que vejo reverberar, hoje, de forma cínica e confusa. Mas, outras coisas também aconteciam, como o disco ‘O Canto da Cidade’, de Daniela Mercury (Sony Music 1992), que tomava conta das rádios AM e FM com sua música novidadeira e vibrante e, como todo bom brasileiro, deixávamos os quadris aliviarem as tensões da cabeça.

E eu já nos idos das minhas inquietações (que vieram culminar em algo bem mais gregário que nem eu mesmo sei explicar) já ouvia com bastante atenção as faixas não executadas nas plataformas disponíveis e ‘Geração Perdida’, de autoria da baiana junto a Toni Augusto e Ramon Cruz, dizia: “Artistas moviam a terra com o seu choro e partiam… Nascíamos em anos intermináveis”. E de dobradinha, meio que tenho a síntese da frase da música do Cazuza: “Eu vejo o futuro repetir o passado”. A Daniela, em evidência por seus posicionamentos pessoais, apresentava sua música com uma nova abordagem, que induz ao debate e faz o mexer das coisas que não se resumem às cadeiras.

Sim, a tecnologia que voga em quase todo o nosso espaço físico, justo ao palmo de nossas mãos, facilitou e bagunçou toda a transação humana, possível e imaginável. É fato que facilitou e dinamizou muitos outros aspectos. No meu caso, voltando à citação da música da DM, o tempo tem sido reduzido e, me acompanhando de forma meio que analítica (principalmente quando o brinquedinho do capeta descarrega), me vejo catucando muito o aparelho celular em busca de algo que nunca encontro e isso tem tomado muito do meu tempo, não me deixando fazer coisas pequenas, básicas e tão necessárias, que foram trocadas por não sei bem o quê! Ainda é um projeito mui pessoal sair dessa parafernalha toda. Se existe um manual prático (além de jogar o aparelho no lixo) alguém me envia, que já tentei administrar de forma didática, mas não tá rolando. Será a tal síndrome de atenção tão almejada que me faz, por vezes, ter embrulho no estômago, vendo pessoas relativizando o pouco de conforto que se dão, se achando famosos, ou evidenciados, em cenários toscos com direito a pedaços de carnes na brasa, que não tem aquele clímax “tenso” de certas publicações hollywoodianas que vemos? O que tenho para definir é uma perspectiva romântica, sem ares de comédia.

A tão sonhada folga casada do meu trabalho coincidiu com as vésperas do Dia das Pais (sic), comércio puro e para a minha não total surpresa, assisti a um centro da cidade em chamas, com um mar absurdo de gente fazendo piruetas proibidas em todos os ambientes, deixando a perspectiva de sobrevivência nesse insuportável tempo de pandemia totalmente em suspensão anestésica. Estou completamente absorto e certo de que não aprendemos “porra/porcaria” nenhuma com o isolamento. Ou, poderia dizer melhor, nos tornamos PHD´s em imbecilidade e futilidade, dados os absurdos que escutamos, mesmo tendo alguns nomes bem conhecidos ceifados pelo vírus mortal (contrariando o que uma singela postagem de rede social disse um dia, que talvez bastasse isso para que se tomássemos alguma consciência). Na nossa frente, seguimos com os nossos umbigos voltados e bem focados à “puta que o pariu”.

Por hora é isso…

Tchau e benção.

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