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Gustavo Gominho nega que tenha poupado envolvidos em extermínio

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O secretário de Segurança Pública, Gustavo Gominho, foi entrevistado na noite de sexta-feira, 3, no programa Bastidores, apresentado pelo Padre Albeni Galdino e falou sobre vários temas relativos à Pasta que comanda. Entre outras frases de efeito, ele negou a procedência da queixa feita pelo deputado federal Luiz Couto (PT) segundo o qual algo estranho estaria acontecendo para que poucas prisões tivessem ocorrido por causa da participação de policiais em grupos de extermínio. Enquanto o petista alega que a lista de implicados passa de 150, as detenções efetivamente realizadas foram 18, das quais 10 de policiais. Gominho negou que tenha havido pressão para poupar membros graduados da PM.

– Se alguém me pedisse algo deste tipo, eu pedia meu boné e saia. Eu não sou homem para assumir uma secretaria de segurança e ter que baixar a cabeça para esse tipo de gente. Até hoje ninguém teve coragem e peito para me fazer um pedido desses. Eu só tenho dois patrões: o povo e Deus. Não tenho patrão. Nem como policial federal nem como secretário. Não me interessa quem é o presidente da República e nem o governador do Estado. Não sou corrupto e nem tenho defeito inconfessável

Ainda sobre o tema, Gominho declarou que os índices de criminalidade baixaram desde a deflagração da Operação Águas Limpas:

– Até o dia 27 de agosto, os homicídios eram de 6 a 10 por dia. Depois da operação, chega no máximo a dois. E vai continuar. Vai ter Águas Limpas II, III e IV. O que eu quero deixar claro é que a população não está muito preocupada quando bandido mata bandido. Cidadão de bem está morrendo menos.

Indagado sobre os assassinatos de mulheres, ele atribuiu o fato ao envolvimento das vítimas com o crime:

– Eu soube que houve três latrocínios em que morreram mulheres. O sexo, nestas ocorrências, não importa. Tivemos dois casos de mortes de mulheres por crimes passionais e o resto foi por drogas. O que temos hoje é a mulher assumindo o comando da venda de drogas onde os maridos ou amantes são presos. Hoje, não se pode mais fazer essa separação [entre homens e mulheres]. É como pedir uma dose de uísque Black & White em dois copos: um de black e outro de white. A população que cria opinião e realmente influencia nas opiniões da capital e do Estado, ela não se preocupa com crimes na periferia. Bandido matando bandido. Ela se preocupa com crimes contra o patrimônio. Eu, como secretário de Segurança, levo em consideração o maior bem jurídico tutelado pela Constituição, que é a vida

A Operação Manzuá também foi abordada pelo secretário, que atestou sua total inoperância:

– Hoje, a Manzuá fixa é fictícia. Todo mundo sabe onde está. Até os cidadãos de bem sabem, imaginem os bandidos! Quem passa por ela é o cidadão de bem ou o bandido que está na "limpeza". Há estudos de segurança pública que demonstram que as barreiras fixas, como é a Manzuá, só funcionam nas primeiras meia hora ou no máximo duas horas. Elas existem há 22 anos e hoje não têm mais objetivo. Nosso projeto é a Manzuá móvel, barreiras que serão criadas nas estradas federais, estaduais e vicinais, em dias, locais e horários alternados, inclusive, com fiscalização alternada. Hoje, só fiscalizamos a saída da cidade. Vamos ter que fiscalizar a entrada, de maneira aleatória para que os bandidos não saibam.

De acordo com o secretário de Segurança, o Governo vai adquirir ônibus adaptados com equipamento adequado para as fiscalizações. Segundo ele, o projeto foi aprovado pelo BNDES e ficou orçado em R$ 654 milhões para a aquisição de 3 veículos para a polícia civil e mais quatro para a Polícia Militar.

Gominho também rechaçou as queixas de adversários políticos do Governo em relação ao funcionamento das delegacias em horário comercial. Ele disse que antes de assumir a Pasta, apenas três delegacias eram abertas durante as 24 horas. O secretário garantiu que elas agora são cinco, mais a especializada em crimes contra a mulher e o menor:

– Inaugurei o prédio novíssimo da delegacia da Mulher. O anterior era um chiqueiro!

A respeito da inexistência de policiais em 100 municípios da Paraíba, ele declarou:

– O governo anterior não resolveu. Nós compramos a folga dos policiais para que as delegacias que não tinham policiais possam funcionar. Se você me perguntar se estão todas as 100, eu digo que não porque matematicamente é impossível.

O secretário também falou sobre a ameaça de greve dos delegados de polícia civil, que vão realizar uma assembleia para decidir se vão cruzar os braços. A categoria se sentiu marginalizada porque o Governo do Estado concedeu reajuste aos defensores públicos grevistas e não atendeu às reivindicações dos delegados, que voltaram ao trabalho sem conseguir suas reivindicações.

– Isso causou uma revolta entre os delegados, que já estavam até conformados. Este assunto ainda está sob análise minha e do secretário Antônio Fernandes. Vamos levar isso ao crivo do governador. Isso é uma bola de neve. Temos que nos preocupar não apenas com os delegados, mas com os peritos, os agentes, os coronéis da PM… é preciso pensar num conjunto.

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