O deputado estadual Guilherme Almeida compareceu hoje de manhã à 64ª zona eleitoral e prestou depoimento ao juiz Aloízio Bezerra e ao promotor Amadeus Lopes. Ele adiantou à imprensa que iria reafirmar a tese de perseguição por parte de seu partido para adquirir o direito de deixar a legenda. Guilherme se queixa de ter sido vetado pelo PSB para assumir a Secretaria de Interiorização do Governo, cargo para o qual foi convidado pelo governador José Maranhão (PMDB).
Como testemunhas de defesa, devem depor ainda hoje de manhã a advogada Nadja Palitot, suplente de deputada e pivô da crise com o PSB; além de Neto Franca, terceiro-vice-presidente estadual. O vereador campinense Antônio Pereira (PSB) também será ouvido como testemunha de Guilherme no dia 28, em Campina Grande.
O rol de testemunhas inclui ainda o vice-presidente estadual do PSB, Edvaldo Rosas e o secretário do partido, Edir Mendonça, arrolados pelo Ministério Público Eleitoral. Já o prefeito Ricardo Coutinho indicou o presidente municipal do PSB de Campina Grande, Fábio Maia e o secretário Ednaldo Alves como testemunhas.
Por causa de um choque de agendas, o prefeito Ricardo Coutinho só será ouvido na segunda-feira. É que compromissos administrativos impediram a presença dele no início da manhã. Como o juiz Aloízio Bezerra tinha uma audiência às 11h, preferiu deixar o depoimento de Ricardo para a segunda-feira, às 14 horas.
O vice-presidente estadual do PSB, Edvaldo Rosas, contudo, adiantou qual será a linha de argumentação do partido: "Não houve retaliação. Não existe prova documental de que o deputado tenha sido retaliado, como ele alega. O PSB não tem qualquer documento advertindo ou constrangendo o deputado. Ele, ao contrário, deixou a liderança do partido na Assembleia. Ele precisa respeitar o estatuto e o regimento do PSB", disse.
Rosas confirmou a existência de duas atas – uma das quais diferente daquela que foi encaminhada ao TRE sem menção à proibição de que os deputados do partido assumissem cargos no Governo do Estado: "Isso é uma praxe. As estratégias políticas não podem ser relatadas ao TRE. Essa ata com essa ressalva ficou no partido porque era assunto de interesse interno e, naquele momento, o governador nem era José Maranhão".