Brasília – Um grupo de oito senadores do PMDB que têm postura de independência em relação ao grupo do presidente do Senado, José Sarney (AP), e do líder da bancada, Renan Calheiros (AL), decidiu hoje defender a tese da rotatividade na liderança do partido na Casa. A bancada do PMDB no Senado tem hoje 17 senadores.
Os parlamentares reclamam de centralização de decisões por parte de Renan e de falta de discussão da bancada sobre projetos e indicações de pessoas para ocupar cargos.
A decisão foi tomada durante almoço entre os senadores Ricardo Ferraço (ES), Roberto Requião (PR), Luiz Henrique (SC), Casildo Maldaner (SC), Pedro Simon (RS), Jarbas Vasconcelos (PE), Waldemir Moka (MS) e Eduardo Braga (AM), no restaurante Piantella, tradicional local de encontro de políticos em Brasília.
Os senadores querem levar essa discussão ao restante da bancada e evitar que a recondução de Renan torne-se fato consumado, com a apresentação de uma lista de apoios de senadores do partido. "Não é uma questão pessoal [contra Renan]. É conceitual", afirmou Ferraço. "Defendemos a rotatividade republicana, para que outros senadores possam exercer a função."
Valor Econômico