A Barragem Camará, no município de Alagoa Nova, vai ser reconstruída e a conclusão das obras deve ocorrer até final de 2010. O anúncio foi feito pelo governador José Maranhão, na manhã de hoje, no programa semanal de rádio Palavra do Governador.
Em resposta ao ouvinte Vagner Júnior, morador de Alagoa Nova, Maranhão assegurou que o processo de licitação da obra está em fase final, e ainda esta semana serão abertas as propostas. A reconstrução de Camará segue um cronograma especial, já que em 2004 a barragem cedeu. O governador disse que a obra foi um ato de sabotagem que resultou no seu arrombamento, revelou o governador Maranhão.
No processo de reconstrução da barragem, antes mesmo da execução das obras, o Governo do Estado tem o acompanhamento do Ministério Público e da Justiça. “Antes de iniciar a obra vai haver uma perícia judiciária. Só a partir da realização desta perícia nós vamos efetivamente assinar a ordem de serviço e começar imediatamente a construção da barragem Camará”, declarou o governador.
A obra deve ser concluída no prazo de nove meses. Maranhão garantiu que o Governo tem todas as condições de acelerar a construção que beneficiará a região do Planalto da Borborema, incluindo parte do Brejo.
Em julho passado, o Governo já havia assegurado parte dos recursos necessários à reconstrução, da ordem de R$ 10 milhões oriundos do empréstimo junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A barragem tem 300 metros de extensão e 100 deles serão reconstruídos, pois os outros 200 estão intactos, não sofreram qualquer abalo à época do acidente ocorrido em 2004.
Histórico – A conclusão da barragem Camará ocorreu em 2001. Localizada no rio Riachão, em Alagoa Nova, a obra hídrica terá capacidade de acumular 26,6 milhões de metros cúbicos e foi projetada para beneficiar 170 mil habitantes das cidades de Remígio, Algodão de Jandaíra, Esperança, Areial, Montadas, Lagoa Seca, São Sebastião de Lagoa de Roça, Matinhas, Alagoa Nova, Areia e Alagoa Grande. Camará
Ainda em 2005, a Justiça determinou a formação de uma comissão multidisciplinar para cuidar da questão, coordenada pelo Ministério da Integração Nacional e envolvendo técnicos do Governo do Estado, do Ministério Público Federal e das empresas construtoras.
Viabilidade – A comissão concluiu que a barragem é tecnicamente viável e segura de ser reconstruída, inclusive todo o maciço remanescente da obra pode e deve ser aproveitado na reconstrução. De acordo com os autos, o orçamento estimado em 2005 é de R$ 18 milhões, definido pela comissão multidisciplinar. Com o empréstimo do BNDES, já estão garantidos R$ 10 milhões para a reconstrução.