O governo não conseguiu nesta sexta-feira (15) a retirada de seis assinaturas para impedir a criação da CPI da Petrobras no Senado. Apenas dois senadores tiraram seus nomes do requerimento: Cristovam Buarque (PDT-AM) e Adelmir Santana (DEM-DF). Para que a CPI não fosse instalada, era preciso que mais quatro dos demais 31 senadores recuassem do apoio.
Agora, o requerimento será publicado no Diário Oficial do Senado e os partidos terão um prazo para indicar seus representantes na comissão. Caso as indicações não sejam feitas, caberá ao presidente José Sarney (PMDB-AP) escolher os nomes.
A CPI, pedida pelo senador Álvaro Dias (PSDB-PR), tem como objetivo investigar fraudes em licitações, denúncias de desvio de royalties de petróleo, supostas irregularidades em contratos para a construção de plataformas e da refinaria Abreu e Lima (PE), artifícios contábeis para reduzir o recolhimento de tributos e possíveis irregularidades em patrocínios.
O pedido de CPI irritou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que fez duras críticas ao PSDB nesta sexta-feira, pouco antes de embarcar para a Arábia Saudita. Lula disse que o pedido era uma “manobra irresponsável” e que os senadores tucanos agiram como se estivessem “numa briga de adolescentes”.
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), rebateu as declarações do presidente. Virgílio chegou a comparar Lula com a ditadura militar. “Ele imita os governos militares. Ele usa frases do (Ernesto) Geisel, do (Emílio Garrastazu) Médici".
G1