O governo federal vai enviar para os Estados atingidos pelas chuvas 35 geólogos e 15 hidrólogos para mapear as áreas mais vulneráveis e auxiliar a defesa civil na remoção de pessoas em áreas de risco.
"A presidenta Dilma acolheu sugestões de diversos ministérios […] para que a ação dos centros de monitoramento e de operação nos Estados fosse reforçada com a criação do que estamos chamando de Força Nacional de apoio técnico de emergência", afirmou, nesta segunda-feira, o ministro Fernando Bezerra (Integração) em coletiva de imprensa sobre o grupo de especialistas.
Ainda hoje, oito desses profissionais devem seguir para os estados de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro.
No primeiro dia em que voltou a despachar no Palácio do Planalto após o recesso de fim de ano, a presidente Dilma convocou uma ampla reunião com ministérios para saber das medidas já tomadas pelo governo para conter os estragos provocados pelas chuvas no país.
"A presidenta tomou a decisão […] de que a Defesa Civil nacional vai recomendar às defesas civis dos estados do Rio de Janeiro, Minas e Espírito Santo, para quando o alerta que tiver de ser emitido pelo Cemaden [Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais] for um alerta alto ou muito alto, que sejam recomendadas as providências necessárias para a retirada das pessoas que estejam sujeitas a esse risco", disse o ministro da Integração.
Além de Bezerra, participaram do encontro os ministros Gleisi Hoffmann (Casa Civil), Aloizio Mercadante (Ciência e Tecnologia), Paulo Passos (Transportes), Alexandre Padilha (Saúde) e o ministro interino da Defesa, Enzo Peri.
Durante o balanço, Mercadante destacou, por exemplo, a necessidade de instalação de mais pluviômetros e radares meteorológicos no país. O governo prevê a compra de 4.000 pluviômetros e quatro radares para atender regiões atingidas pelas enchentes.
O ministro Alexandre Padilha anunciou o envio de 100 profissionais de saúde para o Estado de Minas Gerais e de 800kg de medicamentos para o Espírito Santo. O ministro dos Transportes afirmou que a pasta monitora os prejuízos causados nas estradas –até agora, 16 rodovias federais em cinco Estados,registram trechos com problemas.
Folha Online