A queda de braço entre o prefeito de Campina Grande, Bruno Cunha Lima, e autoridades do Governo do Estado ganhou um desdobramento no início da tarde desta segunda-feira, 8. Em seu programa semanal, o governador João Azevêdo não mencionou o prefeito campinense, mas claramente se referiu a ele quando declarou:
“As lideranças deste Estado têm a obrigação de saber que o Estado é uno e que temos que pensar nos irmãos do sertão, da região do cariri, curimataú, do agreste e litoral como verdadeiros irmãos que somos e pensar que cada município que tiver leitos terá que disponibilizar para toda a Paraíba. Não há que se fazer reserva de mercado. Temos que ajudar os irmãos de todas as regiões. Se esse pensamento mesquinho tomar conta dos gestores paraibanos, teremos o caos instalado e isso nós não queremos. Teremos coragem de tomar as medidas que forem necessárias para salvar vidas”, enfatizou o governador.
Ontem, em uma live, Bruno Cunha Lima voltou a questionar a mudança de bandeira de Campina Grande de amarela para laranja, o que impõe mais medidas restritivas, e disse que o município não deveria ser atingido por mais restrições porque a maioria dos pacientes atendidos eram de outras localidades. O gestor ainda afirmou que teria havido fechamento de leitos de UTI em João Pessoa depois da segunda onda da pandemia, no que foi contestado pelo secretário de Saúde, Geraldo Medeiros.
Leia mais:
Secretário rebate Bruno sobre Covid e o tacha de “neófito em gestão pública”
Bruno descarta lockdown em Campina e questiona dados do Governo da Paraíba