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Funcionários farão ato em meio a demissão de Levy contra desconstrução do BNDES

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Em meio ao pedido de demissão do presidente do BNDES, Joaquim Levy, funcionários do banco farão um ato no Rio de Janeiro, na próxima quarta (19), contra o que chamam de “antipatriótica desconstrução” da instituição. São esperados ao menos cinco ex-presidentes do banco.

A manifestação já estava marcada desde a última quinta (13) pela associação que representa os funcionários (AFBNDES), em repúdio à proposta de acabar com repasses do PIS e Pasep para o BNDES –medida que está no texto do relator da reforma da Previdência apresentado à comissão especial da Câmara dos Deputados.

Na noite deste sábado (15), porém, após declarações do presidente Jair Bolsonaro de que estava “por aqui” com Levy por ter nomeado um executivo que atuou em governos do PT, a associação reforçou a convocação para o ato, saiu em defesa do presidente do banco e criticou Bolsonaro.

“Apesar de divergências sob alguns pontos da atual gestão, como o afastamento da chefe de departamento do Fundo Amazônia e declarações infelizes sobre operações de comércio exterior, a AFBNDES reconhece que Joaquim Levy nunca apoiou ou defendeu fantasias e calúnias que o presidente da República, sempre saudoso da campanha eleitoral, insiste em declarar sobre o BNDES”, diz o comunicado.

Segundo o economista Arthur Koblitz, vice-presidente da AFBNDES, o que mais preocupa a entidade são os dois fatores que teriam levado à demissão de Levy. Um deles foi a não abertura da chamada “caixa-preta” do banco, com investigações de supostas propinas pagas a funcionários para que se concedesse empréstimos a empreiteiras no governo do PT.

O segundo é a resistência de Levy em devolver o dinheiro injetado pela União no BNDES no passado. O governo espera receber R$ 126 bilhões neste ano para ajudar no ajuste fiscal do país, mas Levy não se comprometeu com a cifra.

“Nunca lutamos para o Levy cair ou ficar, mas na nossa visão ele agiu corretamente nesses dois casos, ao não endossar o discurso da caixa-preta e ao não devolver os recursos. Não conseguimos imaginar qual presidente do BNDES teria uma posição diferente da que ele teve”, afirmou Koblitz à Folha de S.Paulo

Para a associação, devolver os recursos que o governo pede infringiria a lei e insistir nessa medida mostra desconhecimento. “Resistências foram comuns a todos os presidentes do BNDES que tiveram que devolver os aportes do Tesouro. São executivos e técnicos do banco que colocam seus CPFs em risco com essas demandas”, diz a nota.

‘PERSEGUIÇÃO IDEOLÓGICA’

Outro ponto que preocupa a entidade é o que chamam de “perseguição ideológica” por parte de Bolsonaro. “As falas dele soam como caça às bruxas. O que ele quer com a caixa-preta? Que qualquer pessoa que atuou no banco na época do PT não trabalhe mais ali?”, reclama Koblitz.

“Querem submeter o banco a um processo de gestão que considero temerário. Estão querendo dizer que houve uma ingerência política no BNDES, para praticar de fato a ingerência política. É diferente de dizer que tal politica foi certa ou errada”, completa.

Antes da crise de sábado, a associação já havia dito que tinham presença confirmada na manifestação os dois últimos presidentes do banco –Dyogo de Oliveira (abril de 2018 a janeiro de 2019) e Paulo Rabello de Castro (maio de 2017 a abril de 2018)– e também Luciano Coutinho (2007 a 2016), Luiz Carlos Mendonça de Barros (1995 a 1998) e André Franco Montoro Filho (1985 e 1986).

Demian Fiocca, que presidiu o BNDES durante o governo Lula, havia dito que iria, mas desistiu por ter outros compromissos, segundo a associação de funcionários. O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal Nelson Jobim e outras personalidades também devem assinar um documento de apoio ao ato.

Jornal do Brasil

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