Co-autor de uma marchinha carnavalesca junto com Capilé, o cantor e compositor paraibano Fuba se viu envolvido em uma polêmica. A música, que trata de corrupção, foi apresentada ao público durante o programa radiofônico Arapuan Verdade (Arapuan FM) como “Hino da Calvário”, numa referência direta à operação da Polícia Federal que prendeu o ex-governador Ricardo Coutinho (PSB), o irmão dele, Coriolano, e uma série de aliados políticos em dezembro passado sob a acusação de desvio de verbas do Estado da Paraíba através de organizações sociais.
A partir daí, muitas opiniões foram emitidas e o jornalista Walter Santos, do WSCOM Online, escreveu um artigo no qual afirma que teria havido traição de Fuba e do jornalista Luís Torres, ex-secretário de Comunicação de Ricardo, ao apresentar a marchinha como “Hino da Calvário”.
Fuba conversou com o ParlamentoPB e negou a pecha de “ingrato”, além de explicar que a marchinha não foi feita para a Calvário, nem para Ricardo Coutinho.
“A marchinha não é Hino da Calvário. Quem batizou assim foi Luís Torres no programa dele. É uma marchinha como todos os anos acontece, é tradição no carnaval do Brasil as pessoas criticarem a política ou outro assunto, o que está acontecendo no momento. A marchinha não foi dirigida a ninguém. O que causou essa polêmica foi que ela foi lançada no programa de Luís e ele disse que era da Calvário. Não é! Queria esclarecer isso e acho que todo momento crítico vindo com o humor é bem-vindo. Essa foi a intenção”, disse, acrescentando que não houve “ingratidão” a Ricardo Coutinho, de quem já foi aliado: “Quem diz isso, não sabe o que é ingratidão. Muito pelo contrário, nós fomos usados e o bloco Muriçocas do Miramar numa época e as pessoas precisam perceber isso. Nós não tivemos ingratidão como o jornalista está falando”.