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FPF, dirigentes e árbitros teriam desviado dinheiro e manipulado resultados

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Foi deflagrada na madrugada desta segunda-feira, 9 de abril, a Operação Cartola – operação conjunta da Polícia Civil da Paraíba (através da 1ª SRPC – Superintendência de João Pessoa e Delegacia de Defraudações e Falsificações de João Pessoa / DDF) e do Ministério Público da Paraíba (através do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado / Gaeco). Informações preliminares dão conta de que mandados estão sendo cumpridos na sede da Federação Paraibana de Futebol e também nas residências do presidente da entidade, Amadeu Rodrigues, e do ex-vereador Zezinho Botafogo.

“Chega a ser revoltante o que a gente conseguiu apurar”, disse o delegado Lucas Sá, responsável pelo andamento das investigações.

A Operação Cartola é resultado de mais de 6 meses de investigações e tem por objetivo apurar os crimes cometidos por uma organização composta por membros da Federação Paraibana de Futebol (FPF), Comissão Estadual de Arbitragem da Paraíba (CEAF), Tribunal de Justiça Desportiva da Paraíba (TJD/PB) e dirigentes de clubes de futebol profissional do Estado da Paraíba (CARTOLAS). Foi possível identificar a existência de dois núcleos principais, com aproximadamente 80 membros identificados, sendo o primeiro – liderança – formado por membros da FPF, CEAF e Dirigentes de clubes de futebol profissional. Este núcleo (CARTOLA) é responsável pelas decisões mais importantes relacionadas ao meio do futebol Paraibano e conta conta com uma sofisticada rede de proteção / elevado grau de articulação institucional.

O segundo núcleo identificado é formado por membros executores ligados à CEAF (arbitragem), funcionários da FPF e de clubes de futebol, que atuam segundo a direção / determinação do núcleo principal.

Dentre as principais condutas investigadas, destacamos a manipulação de resultados de campeonatos de futebol, adulteração de documentos, interferência em decisões da justiça desportiva (TJD) e desvio de valores oriundos de partidas de futebol profissional.

Em face do sigilo das investigações, os detalhes sobre o modo de atuação dos investigados, individualização das condutas e demais características da presente organização só poderão ser divulgados posteriormente, após a conclusão da fase investigativa e análise de todo o material apreendido.

Ao todo foram cumpridos 39 mandados de busca e apreensão, nas cidades de João Pessoa, Bayeux. Cabedelo, Campina Grande e Cajazeiras. O cumprimento dos mandados contou com a atuação de 230 policiais civis de diversas cidades da Paraíba.

Em nota distribuída à imprensa, as autoridades responsáveis ressaltaram que o desenvolvimento da Operação Cartola contou com o apoio fundamental de testemunhas dos fatos, com conhecimento detalhado das condutas praticadas, além do trabalho das equipes de monitoramento e vigilância da Polícia Civil, que analisaram centenas de documentos e realizaram diversas diligências durante os 06 meses de investigações. Outro aspecto importante a ser destacado está na competente e fundamental atuação da Justiça Criminal paraibana, através da 4ª Vara Criminal de João Pessoa, que analisou e deferiu as medidas cautelares relacionadas à operação.

Os envolvidos estão sendo investigados pelos crimes de organização criminosa, falsidade ideológica, manipulação de resultados (crimes do estatuto do torcedor) e por outras condutas sob apuração. QuaIsquer denúncias sobre os fatos em apuração poderão ser encaminhadas através do disque denúncia da Polícia Civil (tel. 197 – sigilo garantido).

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