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Fórum discute mortalidade materna e anemia falciforme

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A Secretaria de Estado da Saúde (SES) realizou, nesta sexta-feira (6), no Centro de Formação de Professores, em João Pessoa, o IV Fórum Perinatal Estadual da Rede Cegonha. O objetivo foi discutir estratégias de enfrentamento da Mortalidade Materna frente ao desafio do Racismo Institucional com coordenadores da Atenção Básica dos 223 municípios paraibanos, profissionais das maternidades da Rede Cegonha, representantes de instituições privadas e a sociedade civil organizada. Foram debatidos temas como: pré-natal, anemia falciforme, violência obstétrica e escuta humanizada.

O Ministério da Saúde estima que aproximadamente 92% das mortes maternas ocorrem por causas evitáveis. Com o objetivo de minimizar este percentual, o Ministério criou a Rede Cegonha para assegurar o planejamento reprodutivo e atenção humanizada à gravidez, ao parto e ao puerpério (pós-parto), direito ao nascimento seguro e ao crescimento e desenvolvimento saudáveis. Na Paraíba, fazem parte da Rede: Maternidade Frei Damião, Hospital Geral Edson Ramalho, Hospital Regional de Cajazeiras, Hospital Universitário Lauro Wanderley, Instituto de Saúde Elpídio de Almeida (ISEA), Maternidade Peregrino Filho e Instituto Cândida Vargas.

De acordo com a coordenadora de Saúde da Mulher da SES, Fátima Morais, a capacitação dos profissionais é fundamental. Ela destacou as ações da Secretaria no quesito morte materna: “A Rede Cuidar é uma das estratégias da SES. Podemos ressaltar também a reestruturação da Maternidade Frei Damião e, em parceria com Ministério da Saúde, estamos qualificando nossas enfermeiras obstétricas da Rede Pública, para que possamos trabalhar o parto de risco habitual”.

Ela explicou ainda que, além da Rede Cegonha, a SES está em fase de implantação do PlanificaSUS, que tem o foco na Atenção Primária, tendo início na 14ª Região de Saúde. Com o programa, serão fortalecidos o pré-natal e o planejamento familiar e a inserção do Dispositivo Intrauterino (DIU) como contraceptivo. “É uma estratégia da Organização Pan-Americana da Saúde a implantação do DIU na Atenção Básica para mulheres no pós-parto e no pós-aborto. O planejamento familiar com a inserção do método já é realizado no Instituto Cândida Vargas. Com o Planifica, pretendemos ampliar este planejamento e o recurso”, finalizou.

A importância do pré-natal, ainda no primeiro trimestre, para diagnosticar os fatores de risco e o parto humanizado também esteve em pauta durante o Fórum. Entre estes fatores, foi destacada a anemia falciforme, uma doença que altera o formato das células no sangue e pode trazer, entre outros agravos, dores intensas nas articulações e nos músculos, baixa na imunidade e Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCI). A doença é identificada no Teste do Pezinho, pelo exame de eletroforese de hemoglobina que também é preconizado para todas as gestantes da Rede Cegonha e na triagem de doadores de sangue. A anemia falciforme acomete, predominantemente, a população negra.

De acordo com a pesquisadora, no campo da saúde e da genética, Ednalva Maciel Neves, a doença falciforme precisa ser amplamente difundida, sobretudo, no Norte e Nordeste, que concentra a maior população negra do País. “A anemia falciforme possui uma alta letalidade infantil, chegando a 80% e também Perinatal, de 20% a 30% das mães portadoras da doença”, ressaltou.

Outro tema discutido foi o racismo institucional que ocorre quando uma pessoa negra é levada ao sofrimento pelo senso comum de que ela lida melhor com a dor. Dados do Ministério da Saúde apontam que 74,5% das mulheres que morrem durante o parto são negras (considerado também as que se declaram pardas) e que esta parcela da população tem duas vezes mais chances de morrer por causas relacionadas ao parto, quando comparada às mulheres brancas, por conta do racismo institucional.

 

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