O vereador licenciado de João Pessoa Fernando Milanez (PMDB) negou que tenha procedência a especulação de que teria articulado a divulgação da denúncia de irregularidade na desapropriação da Fazenda Cuiá. O assunto chegou a ser objeto de uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) impetrada contra o governador eleito da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB) pela Coligação Paraíba Unida. A acusação é de que o processo de desapropriação teria sido feito com superfaturamento para beneficiar a campanha do socialista através de seu aliado, o prefeito da capital, Luciano Agra (PSB).
– Estão trocando as bolas. Eu ouvi falar de uma CPI do vereador João Almeida. Eu não tenho absolutamente nada a ver com a denúncia de desapropriação da Fazenda Cuiá. Eu soube que o prefeito Luciano Agra citou meu nome como sendo ligado ao sr. Gustavo Pessoa. O cidadão Gustavo eu recebi uma carta rubricada por quem o indicou e mandou nomear, que já se encontra em mãos de alguns órgãos de imprensa. Não fui eu quem fez a indicação. Se fosse meu parente, eu dizia. Estou voltando à Câmara, mas não defendo CPI. Eu nunca defendi esse instrumento porque não acredito nela, que sempre acredita em pizza. Quando era presidente da Câmara, desarmei muitas CPIs que via que não iam dar em nada. Se a denúncia está no Ministério Público, a Justiça vai dizer se ela tem ou não procedência.
Milanez ainda declarou que não é favorável ao "denuncismo", mas mandou um recado aos seus críticos:
– Conheço bem as pessoas. Conheço os vereadores, o prefeito de João Pessoa e o governador eleito. Eu espero que me respeitem para serem respeitados.
No retorno à Câmara, que deve acontecer esta semana, Milanez garantiu que não vai aderir ao bloco governista:
– A Paraíba decidiu. Vou ser oposição. Não é possível que continuemos assistindo a um festival de adesões. Eu tenho que ficar na oposição porque essa foi a decisão do povo.