O pediatra Fernando Cunha Lima, acusado de abusos sexuais durante consultas em João Pessoa, permanece foragido uma semana após a decretação de sua prisão preventiva pelo Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB). A decisão foi tomada pela Câmara Criminal do TJPB na última terça-feira (5), com base em denúncia do Ministério Público da Paraíba (MPPB), que o acusa de estupro e abuso sexual contra crianças.
O médico ainda não foi encontrado e agora aparece em lista de procurados na Paraíba, permanecendo foragido até que o mandado de prisão seja cumprido ou que ele se apresente voluntariamente às autoridades.
A prisão preventiva foi decretada pelo desembargador Ricardo Vital de Almeida, relator do caso no TJPB, que afirmou que o pediatra abusava da confiança dos pais e das crianças em seu consultório para cometer os crimes. Vital ressaltou que a liberdade de Cunha Lima representaria um risco à ordem pública, justificando a necessidade de sua prisão durante o andamento do processo. A defesa argumentou que a idade avançada do médico justificaria o direito de responder em liberdade, mas essa alegação foi rejeitada. “A idade não é carta branca para estar imune diante da lei”, afirmou o desembargador.
Além da prisão preventiva, a Justiça autorizou buscas e apreensões no consultório do médico, incluindo computadores, celular e documentos, e determinou a quebra do sigilo telemático de Fernando Cunha Lima para obter mais evidências sobre os crimes supostamente cometidos. As investigações continuam, com a Polícia Civil empenhada na localização do acusado.