O vereador Fernando Carvalho (PMDB), afirmou na manhã desta sexta-feira (24), que não tem nenhum interesse em mudar o presidente da Câmara Municipal (Nelson Gomes Filho) e sim a postura que tem sido adotada na administração da “Casa de Félix Araújo”, onde muitos parlamentares são tratados como se não o fossem.
“Como podemos discordar de um homem que é cordato, amigo e bom companheiro? A questão não é essa. O que queremos é a mudança de atitudes adotadas neste Legislativo, pois temos um desejo extraordinário de vê-lo tendo um presidente presidindo sessões, cumprindo o Regimento Interno e, de certa forma, sendo juiz nesta casa”, afirmou Fernando Carvalho. E arrematou:
“Minha volição é a de ser considerado vereador igual a todos os demais o que, infelizmente, não tem acontecido”.
Fernando Carvalho defendeu os demais parlamentares ao afirmar que eles também devem ser tratados de forma equânime, uma vez que não pode existir tratamento diferenciado entre oposição e situação. Isso, segundo ele, é uma questão que só deve existir em relação ao Governo. No Parlamento, não. Pois ali, todos são iguais e isto tem que ser reparado.
As declarações do peemedebista foram dadas depois que a Justiça sustou a Sessão Extraordinária, que havia sido marcada para as 10h desta sexta-feira. O objetivo era votar um Projeto de Resolução, subscrito pelos vereadores Cassiano Pereira (PSL), Rodolfo Rodrigues (PR), Antônio Pereira (PSB), Olímpio Oliveira (PMDB), Fernando Carvalho (PMDB), Laelson Patrício (PT do B), Marcos Raia (PDT), e Metuselá Agra (PMDB) revogando a Resolução 038/2009, que possibilitou a antecipação da reeleição do presidente Nelson Gomes Filho (PRP) para o biênio 2011-2012.
Os edis alegaram, em síntese, a prática de ato ilegal e abusivo quando da convocação para a eleição da Mesa Diretora da “Casa de Félix Araújo”. A partir de agora, eles têm dez dias para apresentar as justificativas cabíveis.
Em conformidade com Fernando Carvalho, “a partir dessa decisão da Justiça, compete aos advogados tocarem a situação, pois a parte administrativa nós já concluímos; daqui por diante, respeita-se a Justiça”.