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Ex-senadores perdem prestígio, espaço e assessores na Câmara

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Aperto nos gabinetes, equipes reduzidas, redundância de projetos e risco de se verem ofuscados em meio aos líderes e à massa de deputados estão entre as queixas dos parlamentares que trocaram o Senado pela Câmara.

Um deles, o deputado Almeida Lima (PPS-SE), senador entre 2003 e 2011, tem projeto que propõe reduzir em 25% o número de deputados e que cada Estado eleja dois senadores, e não três.

"No Senado, já temos dificuldade de expor nosso pensamento. Na Câmara, então, é muito pior. Não existe deputado individualmente, existe apenas o líder", diz.

Além da hegemonia dos líderes, os deputados que vêm do Senado se queixam da maior burocratização e da diluição do prestígio que acontece na Câmara.

O presidente do PSDB, Sérgio Guerra (PE), que passou pelas duas Casas, critica a concentração de poder nas mãos de grupos na Câmara.

Para ele, ali "tudo é exagerado": "Acredito que a maioria dos deputados não sabe o que acontece".

Guerra foi deputado de 1991 a 2003, quando assumiu o mandato de senador. Em 2011, voltou para a Câmara.

A sobreposição dos projetos também é apontada como uma desvirtuação do sistema bicameral, no qual o Senado funcionaria como a Casa revisora dos projetos apresentados e votados na Câmara.

Hoje, na prática, as duas Casas apresentam inúmeros projetos que se sobrepõem, aponta o deputado Eduardo Azeredo (PSDB-MG).

Segundo Azeredo, que esteve no Senado entre 2003 e 2011, se houvesse mais conversa e tudo fosse analisado em conjunto, os trabalhos seriam otimizados. Além de projetos redundantes, os debates se multiplicam nas comissões da Câmara.

A experiência dos parlamentares também faz diferença. Na Câmara, proliferam lideranças regionais, como inúmeros ex-prefeitos e ex-deputados estaduais, em contraste com os ex-governadores (como Azeredo) e até ex-presidentes da República.

Enquanto é preciso ter, no mínimo, 35 anos para ser senador, a idade mínima para ser deputado é de 21 anos.

Na Câmara, o maior número de parlamentares –513 contra 81 do Senado– explica o que ex-senadores chamam de más condições de trabalho na Câmara.

No Senado, os gabinetes têm quase o dobro do tamanho –e, quase sempre, mais luxo. Senadores contam com até 79 funcionários; deputados têm direito a até 25.

Folha Online

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