Ex-aliados e futuros colegas na Câmara, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e o ex-governador Anthony Garotinho (PR-RJ) trocaram insultos pela internet e marcaram um "duelo" no Congresso Nacional.
A guerra entre os dois tem como pano de fundo as acusações de irregularidades na gestão de Furnas, área de influência de Cunha.
A estatal comprou por R$ 80 milhões ações que foram oferecidas oito meses antes por R$ 6,9 milhões.
O primeiro round ocorreu após uma declaração de Garotinho, recusando-se a comentar a suposta ingerência de Cunha sobre Furnas.
Garotinho disse que não falava "com esse rapaz" havia dois anos.
O peemedebista atacou o ex-aliado no Twitter. Ameaçou tornar público o conteúdo comprometedores de reuniões entre os dois.
Fora do PMDB desde 2009, Garotinho reagiu em seu blog: "Pois bem, faço um desafio, conte".
Ainda no Twitter, Cunha chamou Garotinho de "quadrilheiro" e sugeriu que os dois participassem de uma entrevista conjunta para detalhar os encontros.
Garotinho disse que o "desafio está aceito", com hora e lugar marcado: dia 1º de fevereiro, na tribuna da Câmara, quando tomam posse.
No blog, instou seus leitores a comparar o padrão de vida dos ex-aliados.
Cunha revidou: "Não o ajudarei a sair das páginas policiais para as páginas políticas, mesmo com toda a “prece” que ele fez".
O alvo do peemedebista, a princípio, não era Garotinho, e sim petistas acusados por ele de estarem por trás das denúncias.
Folha Online