O Jornal O Estado de São Paulo publicou, esta semana, que peemedebistas, entre eles o senador paraibano Vital do Rego Filho, estariam insatisfeitos com os rumos da anunciada reforma ministerial, que continua sem acordo para as disputas nos Estados. Ainda de acordo com a publicação, a saída encontrada pelos dirigentes do partido seria pedir socorro ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tentar apaziguar a relação com a presidente Dilma Rousseff.
A nova crise teria começado porque a presidente Dilma, em conversa com Michel Temer teria dito que não entregaria ao PMDB o Ministério das Cidades, hoje sob o comando do paraibano Aguinaldo Ribeiro, do PP. A presidente falou ainda que teria dificuldades para substituir neste momento o afilhado do governador do Ceará, Cid Gomes (PROS), na Integração Nacional. O indicado dos irmãos Gomes assumiu a pasta em setembro, depois que o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, provável adversário de Dilma na eleição, entregou os cargos que o PSB mantinha na equipe para ficar mais à vontade na disputa pelo Planalto.
Responsável pelas obras de transposição do Rio São Francisco, a Integração é uma das pastas mais cobiçadas da Esplanada, com previsão de orçamento de R$ 8,5 bilhões. Com cinco ministérios sob seu comando (Minas e Energia, Previdência, Agricultura, Aviação Civil e Turismo), o PMDB insiste em desbancar "a turma dos irmãos Gomes" – Ciro e Cid – da Integração para dar a vaga ao senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) na reforma do primeiro escalão.
Após o encontro com Dilma, Temer se reuniu com Cunha, Vital do Rêgo, com o presidente do PMDB, senador Valdir Raupp, e com o deputado Marcelo Castro (PMDB-PI). Os peemedebistas não se conformam por serem preteridos por um apadrinhado de Cid e Ciro.
A matéria cita ainda que até hoje existem problemas de convivência entre o PT e o PMDB na Paraíba e em mais nove estados.