A plenária final do XII Encontro Latino Americano de Moradia Popular aprovou por unanimidade uma nota de repúdio ao governo Maranhão III. O motivo da manifestação foi a reclamação de retirada de R$ 12 milhões destinados à habitação popular enquanto outros R$ 16 milhões foram incrementados na área de propaganda, em recente modificação do orçamento do Estado da Paraíba.
Realizado pelo Ministério das Cidades no período de 9 a 14 de junho na cidade de Recife (PE), o XII Encontro Latino Americano de Moradia Popular contou com a participação de, pelo menos, 250 representantes de 23 estados de todo o Brasil e de diversos países, entre os quais Honduras, El Salvador, Nicarágua, Costa Rica, Venezuela, Argentina, Paraguai e Canadá.
No entendimento de alguns signatários da moção de repúdio, o Governo Maranhão III, ao realizar o corte desses R$ 12 milhões da habitação para investir em propaganda, segue na contramão das políticas habitacionais do país e comete um grande equívoco por não considerar como sendo investimento e sim gasto o dinheiro aplicado em habitação.
Veja abaixo a moção aprovada:
“Nós dos movimentos populares e sociais que lutamos pela moradia digna, repudiamos a atitude do Governo do Estado da Paraíba, representado pelo governador José Maranhão do PMDB e pelo vice-governador Luciano Cartaxo do PT, pelo ato do vice-governador vir a público mencionar que os movimentos sociais que lutam por moradia no estado da Paraíba são “movimentos de picaretas”. Quando os movimentos acham injusto a forma de distribuição realizada pela Companhia Estadual de Habitação Popular CEHAP, o que inviabiliza o acesso dos sem teto que estão em ordem de prioridade para serem atendidos nos programas habitacionais, como também os movimentos são contra o corte no orçamento do estado na ordem de 12 milhões de Reais que seriam investidos em programas habitacionais nos municípios do Estado da Paraíba.
Enquanto se corta 12 milhões de Reais do orçamento que serviria para combater o déficit habitacional, se investe 16 milhões de Reais para realizar propagandas do Estadoi, dá para entender onde este governo prioriza o seu plano de governo?"