A "Operação Transparência", com objetivo de averiguar irregularidades na utilização de verbas do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), realizada na manhã de terça-feira (10.11) pela Polícia Federal, em conjunto com o Ministérios Públicos Federal e Estadual, Controladoria Geral da União e Receita Federal, resultou na prisão de 20 pessoas, entre empresários, servidores públicos, lojistas e contadores, que responderão por crime contra a ordem tributária, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e falsificação de documento. A quadrilha já desviou mais de R$ 200 milhões de recursos federais.
Entre os acusados está o empresário Antônio Soares da Silva. O mesmo que, em 2004, se recusou a abrir as comportas da Barragem de Camará, pelo que foi processado pelo Ministério Público Federal e Estadual por homicídio culposo e improbidade administrativa. Na época, Antônio Soares era Coordenador de Obras da Secretaria de Recursos Hídricos do governo Cássio Cunha Lima (PSDB).
O acusado ainda é investigado pelo Ministério Público Federal pela reconstrução da Barragem Namorados, no município de São João do Cariri, também na gestão anterior. Segundo a denúncia feita pelo Ministério Público Federal, ele atuava tanto como fiscal da obra como projetista contratado pela construtora do mesmo.