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Em sessão tumultuada e discursos inflamados, Câmara adia votação de título para Bolsonaro; Veja vídeo

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Por falta de quórum, a Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) adiou para amanhã (13), a votação do Título de Cidadão Pessoense para Jair Bolsonaro, candidato do PSL à Presidência da República. A concessão do título foi proposto pelo vereador Carlão da Consolação (DC). Também ficou para amanhã a votação de um voto de solidariedade proposto pela vereadora Eliza Virgínia.

A sessão foi marcada por protestos de pessoas contrárias a concessão do título, que ocuparam a galeria da Casa, e por discursos inflamados de vereadores.

“Se deram um título a Lula, um presidiário, por quê não a Bolsonaro”, questionou o vereador Carlão (foto).

Segundo ele, o “enfrentamento à política esquerdista e destruidora” por si só já justifica a concessão da homenagem a Bolsonaro.

Carlão acusou os “vereadores de esquerda” de esvaziarem o plenário da Câmara pra não verem o título ser votado.

“A esquerda não estava acostumada ao contraponto, a ouvir o outro lado”, declarou ao criticar a postura de parlamentares contrários a Bolsonaro e contra a aprovação do título.

Sobre os protestos registrados na Câmara, das galerias, Carlão disse que eram “todos assessores de vereadores de esquerda”.

Revoltada com os manifestantes presentes na casa, a vereadora Eliza Virgínia disse que eram pelegos do estado. “Vocês que são pelegos do estado, que estão ganhando os salariozinhos das ongs. Vocês tentaram matar Bolsonaro, tentaram matar a voz do povo”, declarou.

Em seu discurso, Eliza Virgínia disse que a ex-presidente Dilma Rousseff, que tem o apoio da esquerda, “pegou em armas, roubou bancos e sequestrou”.

Disse também que os apoiadores de Bolsonaro estão sendo agredidos nas ruas, a exemplo do que aconteceu com o próprio candidato.

A vereadora Sandra Marrocos disse que, juntamente com os vereadores Marcos Henriques, Leo Bezerra, Tibério Limeira e Humberto Pontes, se retirou do plenário como estratégia para evitar a votação.

“Conseguimos estancar essa pauta de hoje porque a consideramos absurda e não há critérios plausíveis para que o deputado receba a maior comenda da Casa do Povo. Estamos prontos e atentos para fazermos esse debate e votarmos NÃO à esta pauta, com argumentos e consciência. Racistas, machistas, não passarão!”, disse Sandra.

Sandra disse ainda que o que aconteceu hoje na Câmara foi um palanque para um presidenciável. Ela lembrou que foi aprovado um decreto da Mesa Diretora da Câmara que estabelece uma série de regras no período eleitoral.

Ilegalidade

O vereador Tibério Limeira disse que a Câmara está cometendo uma ilegalidade. A exemplo de Sandra Marrocos, ele lembrou que existe um ato da Mesa Diretora que normatiza a conduta dos vereadores durante a campanha. “E um dos itens diz que o plenário da Câmara não pode ser usado para promoção de candidato. E isso está acontecendo com a votação desse título. Estamos promovendo um candidato à Presidência da República”, declarou o parlamentar.

Na tribuna da Casa, Tibério disse que hoje era um dia triste e que a Câmara seria vergonha nacional por conta disso. Disse ainda que os vereadores estavam apequenando o tamanho e a importância da Câmara para a cidade de João Pessoa, deixando de discutir problemas na saúde, na educação, problemas da cidade, para discutir esse tipo de coisa e armar um palanque eleitoral para um candidato, no caso Bolsonaro.

Tibério disse ainda que o Regimento Interno da Câmara prevê que para se conceder um título o homenageado tem que ter serviços prestados à cidade. “E não há nenhum serviço prestado à cidade por Bolsonaro. Ele nasceu em Campinas, é deputado pelo Rio de Janeiro, mas nem o título de cidadão do estado e da cidade que ele mora, que é o Rio de Janeiro, ele merece, porque em 28 anos de vida pública ele produziu nada em benefício do estado dele, que dirá do país, a não ser esse discurso de ódio, que incita a violência, o machismo, o facismo, a misoginia, a homofobia”, afirmou Tibério.

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