As comemorações ao Dia Internacional da Prostituta, agendadas para hoje na rua da Areia, em João Pessoa, causaram um momento de discussão intensa na Câmara Municipal de João Pessoa. A vereadora Eliza Virgínia (PPS), ligada ao segmento evangélico, se posicionou radicalmente contra o evento e, principalmente, ao incentivo dado pela Prefeitura Municipal às festividades.
Para ela, o apoio de empresas e da Prefeitura ao evento significa uma forma de estimular a prostituição: "Daqui a pouco vão querer propor a criação de um curso superior", ironizou a parlamentar, acrescentando: "É uma profissão que merece ser seguida? será que quando essas mulheres eram crianças elas pensavam em ser prostitutas? Eu acho que não".
Por outro lado, Sandra Marrocos (PSB), defendeu as profissionais do sexo e o apoio de empresas privadas e de órgãos públicos ao Dia da Prostituta: "Já ministrei 25 oficinas para essas mulheres, que são marginalizadas pela sociedade e não vou permitir fundamentalismo na Câmara Municipal de João Pessoa. Pensamos individuais devem ser deixados em casa. Quero trazer esse tipo de discussão para cá. Quem votou em Sandra Marrocos, sabia o que estava fazendo", resumiu.