A vereadora Eliza Virgínia (PPS) declarou esta semana ser totalmente contra o PLC 122/06, elaborado pela deputada federal Iara Bernardi, mais conhecido como projeto anti-homofobia. A matéria tramita no Senado Federal e tem gerado polêmica em todo o Brasil porque torna crime, punível com até cinco anos de detenção, a discriminação ou violência contra homossexuais. Eliza, que é evangélica, acredita que o texto criará no Brasil uma "ditadura GLBT", como definiu em seu aparte ao discurso do vereador Hervázio Bezerra (PSDB).
"Em qualquer lugar, eu digo que sou totalmente contra esse projeto. Ele vai implantar uma ditadura e não podemos permitir isso aqui no Brasil. Todos são iguais e temos o direito de liberdade de expressão. Não prego a violência (…). A cor é que é uma coisa genética. Um dos projetos do movimento GLBT que é muito grave é para tirar a Bíblia de circulação, como já foi tirada em outros países", disse ela.
O tucano Hervázio Bezerra levou à tribuna da Câmara Municipal de João Pessoa uma matéria na qual o arcebispo da Paraíba, Dom Aldo di Cillo Pagotto, repreendia o projeto e o classificava de "ridículo". Para o líder católico, o texto discrimina a liberdade de expressão heterossexual e representa "uma aberração".
As únicas vereadoras a defenderem o projeto, no momento em que Hervázio suscitou a discussão, foram Sandra Marrocos (PSB) e Raíssa Lacerda (DEM).