As declarações do presidente da Fundação Cultural de João Pessoa, Chico César, à 101 FM na última sexta-feira, 9 de abril, repercutiram intensamente na Câmara Municipal hoje de manhã. É que Chico rejeitou a ideia da vereadora Eliza Virgínia (PPS) de submeter à análise dos parlamentares as obras de arte a serem colocadas no município. Para o presidente da Funjope, a discussão artística cabe aos artistas e não aos vereadores. Ele chegou a dizer que os períodos de inquisição e de censura já haviam acabado.
Eliza não gostou do que disse Chico César e levou o assunto à tribuna nesta terça-feira, 13.
– Toda obra de arte a ser colocada em logradouro público deveria passar pela análise da Câmara. Ele [Chico César] está dizendo que eu estou querendo fazer a inquisição, mas eu acredito que "A Pedra do Reino" é um monumento à morte. Somos uma cidade religiosa e merecemos ser respeitados. Ele disse que a gente [os vereadores] não entende de Cultura.
Uma das vereadoras a fazer a defesa do presidente da Funjope foi Raíssa Lacerda, para quem a colega teria agindo com "leviandade":
– Eliza acusou Chico César de maneira leviana. Chico é um exemplo. A vereadora disse que Chico nos acusou de não entender de Cultura. Mas, ela mesma me mostrou a notícia e o que estava escrito era que ele disse ter respeito à Câmara, mas que achava que o parlamento não era o fórum ideal para discutir cultura e arte.