A eleição para a escolha de conselheiros tutelares de João Pessoa não teve irregularidade alguma constatada. A informação foi dada ao ParlamentoPB pelo promotor de Justiça, Alley Escorel. Segundo ele, várias denúncias de compra de votos, boca de urna e transporte irregular de eleitores foram feitas, mas nenhuma foi provada. O que ficou claro foi o grande comparecimento às urnas no pleito que não era obrigatório. Muitas filas se formaram durante todo o domingo e mesmo depois das 17 horas várias escolas da capital paraibana tiveram que continuar a votação porque havia eleitores na fila esperando para se dirigir à cabine e escolher seu candidato.
“As escolas Zumbi dos Palmares e Dom Hélder Câmara são exemplos disso. Os funcionários fecharam os portões, mas vão permanecer esperando para atender todos os eleitores que estavam na fila”, disse Alley.
A eleição começou na maioria dos municípios às 8h e terminaria às 17h, mas em algumas cidades, o início da votação pode ser diferente. Na Capital, por exemplo, as urnas foram abertas às 9h e a apuração só poderá ser iniciada depois que a votação for concluída em todas as seções.
Para nove municípios (João Pessoa, Campina Grande, Bayeux, Santa Rita, Cabedelo, Guarabira, Patos, Sousa e Pombal), o Tribunal Regional Eleitoral disponibilizou urnas eletrônicas. A medida atendeu à solicitação, feita no início do ano, pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) para que haja mais transparência, agilidade e segurança ao processo de escolha dos integrantes do órgão que é considerado a ‘porta de entrada’ do sistema de garantia de direitos de crianças e adolescentes.
De toda forma, o promotor Alley Escorel acredita que na próxima eleição para os conselhos será necessário aumentar o número de urnas e também os locais de votação: “Ainda não posso dizer com certeza que o universo de votantes aumentou, mas é essa a impressão que tenho pelas filas registradas durante todo o dia. Nós planejamos a eleição para atender 10% do público que participa das eleições tradicionais, porque o histórico do pleito para os conselhos nos mostrava que essa era comprovadamente o comparecimento nos anos anteriores, mas agora em 2019 o público parecer ter aumentado”, comentou.
O TRE cedeu as urnas eletrônicas, mas a logística da votação foi organizada pelos Conselhos Municipais de Direitos das Crianças e dos Adolescentes (CMDCA) em cada município.