O procurador Geral do Estado, José Edísio Souto, comentou hoje a expectativa divulgada pelo presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, Arthur Cunha Lima (PSDB), em relação ao julgamento da Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental que pede a realização de eleições indiretas no Estado. Para Edísio, quando for a julgamento, a ADPF não será acatada:
"O Tribunal Superior Eleitoral apenas confirmou o que o Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba já havia julgado. Decidiu manter a cassação do ex-governador e dar posse ao segundo colocado. Os votos dados a Cássio Cunha Lima foram considerados nulos. Além disso, por causa da decisão, o então senador José Maranhão teve que renunciar ao mandato para assumir o Governo. É uma questão de segurança jurídica manter o entendimento do TRE e do TSE. Assim que o STF julgar a ação, a esperança de Arthur Cunha Lima morrerá porque uma ação nova não pode influir em decisões anteriores", disse ele.
Em visita recente à Paraíba, o ministro Gilmar Mendes, presidente do STF, estimou que a ADPF deve ser apreciada até o final do ano.