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“É falácia dizer que a Amazônia é patrimônio da humanidade”, diz Bolsonaro na ONU

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O presidente Jair Bolsonaro afirmou na manhã desta terça-feira (24) durante discurso de abertura na 74ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova York (EUA), que tem “compromisso solene” com a preservação meio ambiente e acusou líderes estrangeiros de ataque à soberania do Brasil.

Tradicionalmente, desde 1949, cabe ao representante do Brasil abrir o debate geral da assembleia das Nações Unidas. Foi o primeiro pronunciamento de Bolsonaro como chefe de Estado no encontro.

“É uma falácia dizer que a Amazônia é um patrimônio da humanidade e um equívoco, como atestam os cientistas, afirmar que a Amazônia, a nossa floresta, é o pulmão do mundo. Valendo-se dessas falácias um ou outro país, em vez de ajudar, embarcou nas mentiras da mídia e se portou de forma desrespeitosa e com espírito colonialista. Questionaram aquilo que nos é mais sagrado, a nossa soberania”, disse Bolsonaro.

Bolsonaro afirmou, ainda, que tem “compromisso solene” com a proteção da Amazônia. Disse que a Amazônia é maior do que toda a Europa ocidental e “permanece praticamente intocada”, o que seria prova, segundo o presidente, de que o Brasil é “um dos países que mais protegem o meio ambiente”.

“Em primeiro lugar, meu governo tem o compromisso solene com a preservação do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável em benefício do Brasil”, declarou o presidente.

O discurso do presidente tem o contexto da crise provocada, em agosto, pela alta das queimadas na floresta amazônica.

Bolsonaro trocou farpas com o presidente da França, Emmanuel Macron, que deixou em aberto a discussão sobre um possível status internacional na Amazônia.

Com a fala desta terça, Bolsonaro é o oitavo presidente brasileiro a abrir os debates. O primeiro chefe de Estado do país a discursar no encontro foi João Figueiredo, em 1982. Desde então, apenas Itamar Franco não se pronunciou ao menos uma vez na assembleia geral.

Terra indígena
Bolsonaro afirmou no discurso que não ampliará o percentual do território brasileiro com terras indígenas e disse que a “visão de um líder” não representa o pensamento de todos os índios do país.

“Quero deixar claro: O Brasil não vai aumentar para 20% sua área já demarcada como terra indígena, como alguns chefes de estado gostariam que acontecesse”, afirmou.

Bolsonaro afirmou que, “muitas vezes”, líderes indígenas como o cacique Raoni, são “usados como peça de manobra” por governos estrangeiros. Ele não citou quais seriam os governos, contudo, recentemente Raoni se encontrou com o presidente da França, Emmanuel Macron.

“A visão de um líder indígena não representa a de todos os índios brasileiros. Muitas vezes, alguns desses líderes, como o cacique Raoni, são usados como peça de manobra por governos estrangeiros na sua guerra informacional para avançar seus interesses na Amazônia”, afirmou Bolsonaro.

Segundo Bolsonaro, pessoas dentro e fora do Brasil, com apoio de organizações não-governamentais, “teimam em tratar e em manter” os índios brasileiros “como verdadeiros homens das cavernas”.

“O Brasil agora tem um presidente que se preocupa com aqueles que lá estavam antes da chegada dos portugueses em 1500. O índio não quer ser latifundiário pobre em cima de terá rica”, afirmou.

Bolsonaro deu como exemplo de grandes extensões de terras indígenas demarcadas a Raposa Serra do Sol e a Yanomami. Ele ainda citou interesse estrangeiros nas riquezas minerais do Brasil, como ouro, diamante e nióbio.

“Os que nos atacam não estão preocupados com o ser-humano índio, mas, sim, com as riquezas minerais e biodiversidade existentes nessas áreas”, disse.

O presidente ainda defendeu uma “nova política indigenista” no país a fim de buscar “autonomia econômica” dos indígenas.

“O ambientalismo radical e o indigenismo ultrapassado e fora de sintonia com o que querem os povos indígenas representam o atraso, a marginalização e a completa ausência de cidadania”, afirmou.

Agenda da viagem
Antes do discurso, Bolsonaro se reuniu com o secretário-geral da ONU, António Guterres. À tarde, Bolsonaro está prevista uma visita ao ex-prefeito de Nova York Rudolph Giuliani. À noite, o presidente embarca de volta para Brasília.

Bolsonaro chegou a Nova York na tarde de segunda-feira (23), acompanhado de uma comitiva que reuniu, entre outros integrantes, ministros, a primeira-dama Michelle Bolsonaro e o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), um dos cinco filhos do presidente.

Eduardo, que preside na Câmara a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (Creden), foi escolhido pelo pai para ser embaixador do Brasil em Washington. No entanto, a indicação ainda não foi enviada ao Senado, que terá de aprovar o nome do parlamentar.

O presidente viajou uma semana depois de receber alta hospitalar. No dia 8, ele passou por uma cirurgia para corrigir uma hérnia, o quarto procedimento desde que sofreu uma facada no abdômen em 2018.

Bolsonaro viajou com orientação de manter uma dieta leve e de evitar longos períodos sentado no avião.

G1

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