Na área de entrada do prédio empresarial em que temos escritório profissional, a cada dia – aliás, mais precisamente a cada chegada ou saída – um dos porteiros (este sempre interessado pelos assuntos relacionados à atual campanha eleitoral), vai logo perguntando: “E essa pesquisa… tá certa?!…”. Ele – esse porteiro – refere-se a cada uma das pesquisas que, no respectivo dia, esteja pra ser ou já tenha sido anunciada relativamente às eleições do próximo mês de outubro. E, apontando os números da intenção de votos, insiste: “Tá mesmo certa?!”.
Claro que o questionamento do porteiro mais caracteriza uma desconfiança quanto a que a pesquisa seja realizada já com a intenção de mostrar coeficientes favoráveis a esse ou aquele candidato. Ou seja, imagina que todas as pesquisas sejam tendenciosas! No entanto, ao referido porteiro já dissemos umas três vezes que, em relação às pesquisas que estão obrigadas a prévio registro junto aos Tribunais Eleitorais respectivos (para poderem ser divulgadas), temos, sim, total confiança de que correspondem a um trabalho sério, que busca mesmo retratar a situação do momento na intenção de votos dos eleitores. Falha técnica pode existir, de tal ordem que esses Institutos apressam-se em informar a margem de erro a que estão sujeitas.
Nenhum dos institutos que realizam essas pesquisas quer cometer erro (salvo o da margem anunciada), muito menos falsear resultado. Esses institutos, normalmente de nome nacional, o que mais pretendem é confirmar ou aumentar a credibilidade de seus nomes exatamente em função da maior proximidade dos números mostrados nas pesquisas com os resultados reais que estão por sair das urnas. Temos dito também ao mesmo porteiro que não devemos ser como aqueles que só acreditam nas pesquisas que trazem os resultados que lhes interessam!
