A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Agência Estadual de Vigilância Sanitária (Agevisa), Gerência Sanitária Municipal, Ministério Público, Receita Estadual, Conselho Regional de Farmácia, Polícias Militar e Civil inspecionaram uma farmácia e interditaram duas distribuidoras de remédios e produtos hospitalares, localizadas em João Pessoa e Cabedelo. Hoje, a fiscalização deu continuidade à "Operação Sequela", que esta semana interditou sete farmácias e prendeu oito pessoas.
O segundo dia de operação começou com a autuação da distribuidora "Jamed Produtos Hospitalares", localizada em João Pessoa. A empresa, credenciada para vender produtos a hospitais, foi flagrada comercializando soro fisiológico e preservativos que deveriam ser distribuídos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A empresa deverá responder a processo administrativo e se adequar às normas sanitárias.
Em seguida, aconteceu a fiscalização na "Farmácia Pague Menos", localizada na Rua Duarte da Silveira, Centro de João Pessoa, onde foram apreendidas receitas médicas com indícios de irregularidades na prescrição e venda de remédios de uso controlado. No estabelecimento foram lacrados armários com os medicamentos que estavam sendo comercializados sem licença sanitária da Vigilância Municipal nem autorização da Anvisa.
A distribuidora de medicamentos "Farmacêutica Paraíba", localizada em Cabedelo, também foi alvo da ação dos órgãos que formam o Fórum Permanente de Defesa do Consumidor. No galpão da empresa, a equipe encontrou cerca de 2 mil comprimidos de uso controlado (tarja preta) sem registro de origem. No mesmo local foram encontrados centenas de medicamentos vencidos há mais de dois anos.
Benefícios – Segundo informações do diretor geral da Agevisa, José Alves Cândido, a operação beneficia a sociedade paraibana e protege o usuário de medicamentos. “Dessa forma, ele tem a garantia de que esses produtos ilegais apreendidos não provocarão o risco sanitário, evitando assim complicações a saúde do doente”, disse.
Durante a ação na distribuidora, foi preso Zenon Melo e conduzido a 7ª Delegacia de Cabedelo. Ele será responsabilizado por vender medicamentos psicotrópicos sem licença, o que configura tráfico de entorpecentes.
Para o chefe de Inteligência da Anvisa, Adilson Bezerra, a operação apresentou resultados positivos do ponto de vista sanitário que determina a proteção a saúde da população. “O objetivo foi alcançado por combater a comercialização de medicamentos contrabandeados, falsificados e adulterados. E isso se deve ao trabalho integrado de vários órgãos que formam na Paraíba o Fórum Permanente de Defesa do Consumidor”, destacou.