Mário Tourinho

Administrador, pós-graduado em Planejamento Operativo, já atuou na administração pública federal, estadual e municipal
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Dos trólebus aos ônibus à diesel

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O presidente do Sindipetro/PB, Omar Hamad Filho, acaba de manifestar a preocupação dos empresários desse setor – “que não sabem mais o que fazer” – para conter os aumentos sucessivos da gasolina e do diesel, puxados pela alta do dólar e principalmente da excessiva carga tributária, esta responsável por quase 50% do preço de cada litro desses produtos.

Ao ler tal preocupação de Omar Hamad, de pronto veio à lembrança um recente artigo do empresário Roberto Cavalcanti, publicado em começo deste mês, titulado “Trólebus”, artigo este que também me trouxe recordações de outros tempos, primeiramente em João Pessoa quando, tal como Roberto Cavalcanti lá no Recife, “aqui convivi com os bondes elétricos”, neles viajando desde o prédio do antigo “Correios” (Praça Pedro Américo – Centro) até à então Escola Industrial Coriolano de Medeiros, hoje IFPB (avenida João da Mata), onde, de forma integral, estudava o ginásio-industrial com profissionalização em Tipografia e Encadernação. Em segundo lugar – mas, aí já em São Paulo – dirigia-me ao trabalho em trólebus (ônibus elétrico, que, como disse Roberto Cavalcanti, tinha “duas hastes conectadas às linhas elétricas aéreas ao longo dos percursos predeterminados”).

Nesse seu artigo “Trólebus”, Roberto Cavalcanti chama a atenção de que esses veículos (os trólebus) eram “econômicos, silenciosos, ecologicamente perfeitos e duráveis” e que nunca entendeu sua desativação, lastimando o fato dessa tecnologia ter sido abandonada. Entretanto, um empresário do setor de transporte de passageiros dera-lhe a notícia de que o retorno dos ônibus elétricos não tardará, não mais no modelo escravo de linhas elétricas aéreas, mas, um novo ônibus, este “com tecnologia atual à luz da evolução das baterias”.

Ah, se este país estivesse cheio de agentes públicos com essa mesma visão de  empresários  como Roberto Cavalcanti. Certamente o desenvolvimento tecnológico teria bem mais apoio. E aí o Brasil estaria mais à frente, diferente da situação de hoje em que na cidade de Maringá/PR, em fins do ano passado, foi lançado um ônibus elétrico à bateria. Seu custo de aquisição: R$ 1,8 milhão, valor próximo ao equivalente a cinco ônibus convencionais, à diesel. Mas, quando produzidos com preço final nos padrões dos ônibus convencionais, seu custo alusivo à bateria elétrica será apenas de um terço do que se gasta hoje com o diesel. Como diz Roberto, assim “contribuiremos com a redução dos danos ao meio ambiente e viabilizaremos um setor economicamente vital para a população”. Nesse tempo, certamente, os hoje “postos de gasolina” também estarão operando com recarga das baterias dos veículos.

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