Em uma tentativa clara de intimidação a Câmara dos Deputados, em Brasília (DF), que votava, na ocasião, a proposta de acabar com o voto eletrônico no país, o presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro, convocou as Forças Armadas para um desfile de tanques de guerra, na última terça-feira (10). O fato gerou chacota em todo mundo e nas redes sociais os memes se alastraram.
Esse assunto foi o mote suficiente para pensar sobre a influência dos militares no mundo, que vem diminuindo desde a década de 1990. Mesmo assim o exército permaneceu desempenhando seu papel, que tem sido cada vez mais complicado diante os desafios de segurança não tradicionais e da proliferação dos grupos armados e das milícias que surgem cada vez mais na esteira da defesa do povo.
O fato é que hoje dos 10 Estados do Sahel (Burkina Faso, Camarões, Gâmbia, Guiné, Mali, Mauritânia, Níger, Nigéria, Senegal e Chade), apenas dois, Mali e Chade, possuem militares no governo. Uma parte da Gâmbia ao Níger, depois Nigéria, a maioria das regiões vem passando por mudanças transições pacíficas. Destes acimas apenas o Sahel permanece sendo visto como uma área que não vive a democracia.
Isso deixa claro também que o problema do Brasil, assim como os 10 Estados acima, passa por uma questão de governança, sobretudo, quando os países mais fragilizados pela fome e a miséria não conseguem cumprir os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que está previsto até 2030.
Dentro desta narrativa pensa-se nas consequências para a população do mal governo, que infere automaticamente no seu desenvolvimento e enfraquece o sistema democrático, bem ou mal, seja ele liberal, participativo, direto ou indireto ainda é o sistema de governo que mais tem beneficiado a população em todo mundo. Basta verificar o que diz o BID sobre a democracia e ver como ela pode estabilizar a economia em vários níveis de crescimento econômico e emprego e ainda apresentar uma inflação moderada.